O Conselho Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Coun-UFMS) aprovou a criação de comissão para discutir e contrapor-se às ações no Brasil que pretendem adotar políticas de privatização das universidades públicas. A proposta foi apresentada pelo representante da
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no colegiado, Professor Doutor Paulo Cesar Duarte Paes. O grupo vai delinear estratégias em defesa das instituições universitárias públicas.
A Resolução n. 112, de 20 de setembro de 2018, foi republicada no Boletim de Serviço (BS), a pedido do Sindicato, visto que o primeiro conteúdo gerou interpretação contrária ao sentido proposto, pois dava a entender que a discussão era em torno da privatização da UFMS.
O diretor de Divulgação e Imprensa da
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, Professor Doutor Antonio Firmino de Oliveira Neto, explicou que a primeira redação da resolução estava confusa, subjetiva em relação àquilo que fora proposto e definido como objetivo da comissão.
Integram a Comissão de Assessoramento a pró-reitora de Planejamento, Orçamento e Finanças, Dulce Maria Tristão, a Professora Doutora Mariuza Aparecida Camillo Guimarães (presidenta da
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), o técnico administrativo Augusto Cesar Portella Malheiros (que vai presidir os trabalhos), os professores doutores Henrique Mongelli, Paulo Cesar Duarte Paes e Fernando Rodrigo Farias.
A finalidade da comissão é atuar de forma antiprivatizante visando à defesa das instituições públicas de ensino superior.
A intenção é criar movimento político que vá além da comissão, com promoção de eventos, seminários de discussão em defesa da UFMS e outras instituições públicas de ensino, pesquisa e extensão. Atuar sobretudo antes das eleições presidenciais debatendo quais são @s candidat@s que defendem a instituição pública e quais são @s privatistas.
Antissuspensão
– A criação da comissão também consistiu em uma forma de reação às suspensões de sete cursos na UFMS aprovadas na mesma reunião do Coun, ocorrida dia 20 setembro de 2018. Sob protestos de estudantes, docentes ligados/as à
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e de técnic@s administrativ@s da UFMS, contrári@s à homologação das suspensões, @s integrantes do Coun conseguiram reverter a decisão
ad referendum
da administração central que estabelecia suspensão do Curso de Letras – Licenciatura – Habilitação em Português e Literatura do Câmpus de Três Lagoas (CPTL), não homologando a Resolução 85 (3-09-2018).
Antes dessa posição, votação no Conselho de Graduação (Cograd) em 18 de setembro de 2018 derrubou outra decisão unilateral da reitoria e da Pró-Reitoria de Graduação: a Resolução 413
ad referendum
assinada pelo pró-reitor de Graduação, Ruy Alberto Caetano Corrêa Filho, era favorável à “suspensão do Curso de Ciência da Computação – Bacharelado do Câmpus de Ponta Porã [CPPP], a partir do primeiro semestre do ano letivo de 2019”. Diante de posicionamentos da comunidade universitária, da
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e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e dos Institutos Federais de Ensino, no Estado de Mato Grosso do Sul (
Sista-MS
), em defesa do curso do CPPP, integrantes do Cograd não homologaram a 413.
O resultado desfavorável à medida, no Cograd, forçou o presidente do Coun, reitor Marcelo Augusto Santos Turine, a pedir que não fosse votada na reunião do Conselho Universitário a Resolução 89/2018 assinada
ad referendum,
com o mesmo propósito da 413. O pedido de Turine foi aceito pel@s conselheir@s do Coun. Com esse posicionamento ficou valendo a decisão do Cograd pela não-suspensão de Ciência da Computação em Ponta Porã.
NOTA DA ADUFMS EM DEFESA DA UNIVERSIDADE PÚBLICA
Assessoria de Imprensa da ADUFMS-Sindicato