Dia Nacional de Paralisação Contra as Antirreformas do Temer reúne cerca de 200 manifestantes em Campo Grande

Entre emendas, projetos, medidas e reformas, o governo Temer constrói seus alicerces sustentados pela classe trabalhadora. Na última sexta-feira, dia 10, houve o Dia Nacional de Paralisação Contra as Antirreformas do Temer, convocado pelo Comitê Estadual contra a Reforma da Previdência Social em MS. A programação começou às 6h30 e estendeu-se até às 16h, com atividades culturais, panfletagem e manifestações.

Logo no início do dia, ocorreu panfletagem promovida pela

ADUFMS-Sindicato

em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino do Estado de MS (Sista-MS),  na entrada principal da UFMS em Campo Grande. O material informativo denuncia sobre as consequências das reformas do governo Temer em relação aos direitos dos servidores públicos, na educação e, por consequência, na universidade pública. Já ocorrem cortes drásticos no orçamento público que chegam a 6,6% na área educacional e 44% à pesquisa, ambos neste ano. A última “jogada” neste âmbito é a Medida Provisória (MP) 805/2017, que pretende adiar ou cancelar os reajustes nos salários dos servidores públicos federais. Se aprovada, a MP 805 ainda aumenta de 11% para 14% a alíquota de contribuição previdenciária dos servidores. O texto da Medida já foi publicado e atualmente aguarda instalação de comissão para prosseguir no Congresso Nacional, sendo o próximo passo a votação na Câmara de Deputados e depois, no Senado Federal. A

consulta pública no site do Congresso Nacional

revela que a sociedade não concorda com a MP 805. Entre as pessoas que votaram, 49.989 são contra a medida, e apenas 1.458 são a favor. Os dados foram consultados no dia 14 de novembro de 2017, às 10h55.

A panfletagem teve continuidade no corredor central da Universidade durante toda da manhã, acompanhada pela roda de capoeira do mestre Adilson Nascimento dos Santos e, em seguida,  pela

performance

Zumbi – O Rei dos Palmares, protagonizada pelo técnico administrativo da UFMS, Alguimar Amâncio da Silva. As atividades culturais representaram a resistência da cultura afro brasileira, além de anteciparem o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro.

Às 16h, o grupo formado por docentes, servidores/as técnicos/as administrativos/as e estudantes da UFMS participaram do ato unificado contra as reformas e medidas já implementas e as que ainda estão em tramitação pelo governo Temer. Estiveram presentes cerca de 200 pessoas na manifestação, que teve concentração no canteiro central da Avenida Afonso Pena, esquina com a Rua 14 de Julho. Os/as manifestantes seguiram até o prédio do Ministério do Trabalho e Emprego, onde finalizaram o ato com o velório simbólico da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), referência à reforma trabalhista, agora Lei Nº 13.467, sancionada em julho pelo presidente Michel Temer. A nova lei passou a valer a partir do último dia 11, e retira direitos conquistados pela classe trabalhadora, deixando nas mãos dos patrões a jornada e condições dos/as trabalhadores.

Em reunião, a diretoria da

ADUFMS-Sindicato

avaliou de maneira positiva a paralisação, ainda que a presença dos/as docentes na assembleia geral no último dia 8 (em que foi votada a participação da categoria na programação do dia 10) tenha sido baixa. A presidenta do Sindicato, Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, explicou que a convocação local ocorreu de forma “atropelada” em razão da convocação pelas entidades nacionais, também em cima da hora, em razão da MP 805/2017, publicada no dia 05 de novembro.

Confira a galeria de imagens do ato unificado no Dia Nacional de Paralisação Contra as Antirreformas do Temer:


Dia Nacional de Paralisação Contra as Antirreformas do Temer




Assessoria de Imprensa da ADUFMS-Sindicato