Professoras e professores da UFMS entrarão em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira 15. Nesta quarta-feira 10 pela manhã, a maioria dos/das docentes participantes da Assembleia Geral Extraordinária decidiu parar porque o governo federal não apresentou nada de satisfatório e definitivo em relação às reivindicações protocoladas nos ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e da Educação (MEC) pelas duas representações nacionais da categoria: Andes-SN e Proifes-Federação.
A docência e a direção da
ADUFMS-Sindicato
, entidade que representa a categoria da UFMS no Estado, estão montando o Comando de Greve (CG), que será o responsável pela coordenação das atividades de mobilização e organização do movimento paredista em todos os
campi
da UFMS. Docentes de áreas como ciências humanas, exatas, computação e saúde já se dispuseram a fazer parte do CG. Nos próximos dias, mais integrantes do magistério da UFMS vão se integrar ao comando, cuja primeira reunião está marcada para a próxima segunda-feira (dia de início da greve), às oito horas. Além do CG está sendo montada a Comissão de Ética do movimento. A CE já conta com integrantes. O número de docentes para essa comissão será ampliado até o começo da semana que vem.
Outra assembleia de docentes da Federal de Mato Grosso do Sul está marcada para a quarta-feira 17 à tarde para avaliar o andamento do movimento nacional e da própria UFMS. De acordo com informações da diretoria da
ADUFMS-Sindicato
, docentes de 18 instituições federais de ensino superior (Ifes) estão em greve. Professores e professoras de mais seis Ifes, entre elas a UFMS, decidiram parar, mas ainda não iniciaram o movimento. Reforçando que, no caso da Federal de Mato Grosso do Sul, conforme votado nesta quarta-feira 10, a greve começa na próxima segunda-feira 15.
Reivindicações
– A exemplo de outras Ifes no Brasil, a categoria docente da UFMS defende duas vertentes reivindicatórias: uma específica do Magistério Superior federal e outra que envolve questões relacionadas à difícil situação das universidades públicas nacionais.
Os pontos restritos da categoria envolvem questões como a readequação salarial. Nesse aspecto, reivindicam-se degraus determinados mediante variação crescente de 5%; acréscimos não-cumulativos relativos à titulação (75% para doutores/as, 37,5% a mestres/as, 18% para especialistas e 7,5% aos/às que se encaixam no item aperfeiçoamento); e elevações relacionadas ao regime de trabalho, as quais seriam baseadas em 20 horas – isso corresponde a 100% para 40 horas e 210% para dedicação exclusiva.
No tocante à vertente que abarca a universidade pública, de forma geral, a categoria reforça o caráter público das Ifes, melhores condições de trabalho e garantia da autonomia.
Assessoria de Imprensa da ADUFMS-Sindicato