Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) que participaram da Assembleia Geral na Cidade Universitária em Campo Grande e em
campi
do interior na manhã da terça-feira 25 aprovaram adesão à Greve Geral da próxima sexta-feira 28 de abril, em protesto contra as reformas da Previdência e Trabalhista. A atuação antipropostas do governo federal que tiram direitos de trabalhadores/as, aposentados/as, incluindo as/os funcionárias/os públicas/os federais e pensionistas vem sendo coordenada em Mato Grosso do Sul pelo Comitê Estadual contra as Reformas da Previdência e Trabalhista, integrado pela
ADUFMS-Sindicato
.
As/os professoras/es participantes da assembleia na Cidade Universitária da UFMS (Campo Grande) discutiram e aprovaram as atividades da sexta-feira 28, que serão realizadas em conjunto com outras categorias. Na capital sul-mato-grossense, as/os trabalhadoras/es vão se concentrar pela manhã às 8 horas em frente ao prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na esquina das ruas 26 de Agosto e 14 de Julho, onde realizarão ato. A partir das 8h30min, as/os manifestantes vão caminhar rumo à praça Ary Coelho, passando pela sede do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP).
Após as manifestações na praça Ary Coelho, as atividades da sexta 28 pela manhã têm continuidade na área central de Campo Grande com passeata a partir das 9h30min fazendo o seguinte percurso: ruas 14 de Julho, Antônio Maria Coelho, Treze de Maio e avenida Afonso Pena. Às 10h30min, os/as trabalhadores e o público em geral seguem em carreata para o Parque dos Poderes. Lá vão realizar ato na Assembleia Legislativa.
Em Campo Grande, à tarde, a partir das 15 horas, o dia de greve termina na UFMS com apresentações culturais, além de panfletagem e adesivagem na avenida Costa e Silva, em frente à Cidade Universitária.
As professoras e as professores de outros
campi
participam de atos previstos para o respectivo município onde está instalada a unidade da UFMS. A/o docente da UFMS no interior que quiser se deslocar para participar dos atos em Campo Grande na sexta 28, se não houver movimento em seu município, devem entrar em contato com a
ADUFMS-Sindicato
, em Campo Grande (fones 67 3346-1514/1482, Secretaria da entidade).
A Greve Geral é mais um dos repúdios que trabalhadores/as, aposentados/as, pensionistas, sindicatos, federações, confederações, centrais, movimentos sociais, bem como cidadãs e cidadãos em geral, vêm realizando em todo o Brasil. As manifestações já começaram a repercutir no Congresso Nacional e no governo federal, as duas instituições, de acordo com seus interesses imediatas, preocupadas com o desgaste político e com as eleições de 2018. Exemplo disso foram as 164 alterações apresentadas por deputados federais à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016 (a contrarreforma da Previdência), que não amenizarão a traço antissocial das medidas em discussão. “A análise da proposta indica a preocupação do governo com a governabilidade e dos parlamentares com a elegibilidade, mas mantém condições incompatíveis com a dignidade da classe trabalhadora e com os dados referentes à expectativa de vida no país e outros dados pertinentes às especificidades de cada campo de ocupação”, apresentou a direção da
ADUFMS-Sindicato
durante a Assembleia Geral.
No outro
front
dos projetos antissociais, o desmonte da Consolidação das Lei do Trabalho (CLT) adquire cada vez mais o matiz de desconsideração dos direitos de trabalhadoras/es. A última investida ocorreu nessa terça-feira 25 na Câmara dos Deputados, quando a comissão especial, especial nas canetadas que referendam ideias temerianas, aprovou o relatório do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) referente ao Projeto de Lei 6.787/2016 (a contrarreforma trabalhista).
Em nota, a
Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público
(Frentas) citou, entre aspectos negativos da proposta de mudança da legislação trabalhista, o “ataque que passa pela supressão de direitos materiais e processuais hoje constantes de lei (CLT) e até mesmo no que deixa de ser aplicado do Código Civil na análise da responsabilidade acidentária, optando-se pela tarifação do valor da vida humana, em vários pontos passando também pela evidente agressão à jurisprudência consolidada dos Tribunais Regionais e do Tribunal Superior do Trabalho”. Caso seja aprovado o 6.787, o que for negociado diretamente entre empregadores/as e trabalhadores/as, se sobrepõe ao que está estabelecido na legislação laboral.
Assessoria de Imprensa da ADUFMS-Sindicato