Marco Aurélio afirma que a juventude não pode tolerar a ignorância de quem exerce o poder –
Fotos: Gerson Jara/ADUFMS Seção Sindical ANDES Sindicato Nacional
Em aula pública ocorrida nesta quinta-feira (30-05-2019) no corredor central da Cidade Universitária Campo Grande da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), convocada pelo Diretório Central das e dos Estudantes (DCE), o presidente da
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, Marco Aurélio Stefanes, denunciou o corte de mais de R$ 110 milhões para as duas instituições federais de ensino, só no Mato Grosso do Sul: UFMS e Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
Os/as docentes que usaram da palavra reclamaram do corte drástico de recursos para pesquisa e iniciação científica nas áreas de ciências humanas.
Stefanes ressaltou que a missão de defender a educação, a universidade pública, cabe a toda a sociedade, particularmente à juventude brasileira. Alertou que a sociedade não pode aceitar de forma alguma a estupidez, a ignorância de quem exerce o poder. Conclamou as/os universitárias/os a enfrentar as
fake news
que tentam desconstruir a reputação das universidades públicas. Trabalhar para construção da verdade e esclarecer a sociedade sobre os ataques à educação.
Guilherme Passamani convida reitor Turine e a Camila Celeste a participar das atividades em defesa da UFMS
Um docente reclamou que a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), no ano passado, não financiou nenhum projeto de pesquisa na área de ciências humanas. A política discriminatória interrompeu a prática até então presente em outros governos, de distribuir os recursos de forma igualitária com as demais áreas do conhecimento.
O professor e pesquisador Paulo Cesar Duarte Paes disse que por anos recebeu apoio das instituições para continuar as pesquisas na área de adolescentes em conflito com a lei, o que possibilitou mais de oito publicações abordando os resultados e as conclusões apresentados. Todavia, nos últimos anos não teve mais nenhum financiamento das instituições de pesquisa.
A professora aposentada Maria Dilnéia Espíndola Fernandes, diretora no Centro-Oeste, Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação(ANPEd), lembrou que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e outras instituições reduziram drasticamente as bolsas para as áreas de ciências humanas. “As bolsas oferecidas na pós-graduação não são mantidas e desaparecem do sistema, sem nenhuma explicação ou comunicação prévia.” Destacou que as áreas de humanas são básicas, fundamentais, para as outras áreas do conhecimento.
O professor de Sociologia e diretor da
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, Guilherme Rodrigues Passamani, comentou que o atual reitor da UFMS, Marcelo Augusto Santos Turine, e a vice-reitora, Camila Celeste Brandão Ferreira Ítavo, não são representantes apenas dos professor@s, técnic@s e estudantes dos quais receberam voto no processo eleitoral, mas de toda a comunidade. Dessa forma, deveriam participar das atividades contra o corte de verbas, sob pena de terem que fechar as portas da UFMS em agosto.
Assessoria de Imprensa da ADUFMS Seção Sindical ANDES Sindicato Nacional