Entidades criam comando de greve e divulgam manifesto em defesa da educação e dos serviços públicos

Representantes do ANDES-SN, Fasubra Sindical e Sinasefe se reuniram no domingo 15/03 – Foto reproduzida do ANDES -SN

ADUFMS Seção Sindical esteve representada pelo presidente Marco Aurélio Stefanes

REPRESENTANTES do ANDES-Sindicato Nacional, da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra Sindical) e do Sindicato Nacional dos(as) Servidores(as) Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) estiveram reunidos no fim da manhã de domingo, 15 de março, em Brasília, para o lançamento do Comando Nacional Unificado de Mobilização e Greve. O ato contou com a presença de docentes e servidores federais da educação básica, profissional e tecnológica de várias partes do país e terminou com a leitura de um manifesto elaborado pelas entidades convocando as categorias para ampliar a mobilização e intensificar a defesa da educação, saúde, dos serviços e dos servidores(as) públicos(as).

O Comando terá como objetivo promover a unidade da classe para que ocorram, mobilizações nacionais que resultem na paralisação de todas as universidades, institutos federais e Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do país. Além disso, o grupo atuará na defesa dos serviços e dos/as servidores/as públicos/as; das carreiras e dos direitos do funcionalismo público; e contra a redução da jornada de trabalho com redução salarial; a reforma administrativa; e contra os impactos da reforma da Previdência para a classe trabalhadora.

A secretária-geral do ANDES-SN, Eblin Farage, esteve presente ao ato e falou sobre a necessidade de estabelecer a unidade necessária para enfrentar as ações propostas pelo governo de Jair Bolsonaro.

Observou que a criação do Comando é um passo histórico para a luta das três entidades.  “É necessário estarmos atentos e engajados para a construção de um projeto que favoreça toda a classe trabalhadora brasileira.  Temos que promover uma forte greve da educação e também mobilizar as demais categorias do serviço público a fim de afirmar para toda a população que precisamos de mais recursos para políticas públicas e não de retirada de recursos”, disse. 

Na sequência, os representantes das entidades leram o manifesto em defesa da educação e dos serviços públicos e ressaltaram que o Brasil já enfrenta as consequências da Emenda Constitucional 95, que reduziu drasticamente os investimentos em políticas públicas, gerando cortes de verbas na educação, na ciência, tecnologia e na saúde. O texto diz ainda que o governo prepara medidas ainda mais penosas para a classe trabalhadora, como a PEC Emergencial 186, que pode chegar a congelar e até cortar 25% dos salários; a PEC do Pacto Federativo que, em última instância, pretende desobrigar e desindexar a realização de gastos públicos, especialmente, na saúde e educação; e a PEC dos Fundos Públicos, que pretende fazer com que a verba dos fundos seja prioritariamente gasta com pagamento da dívida pública.

Confira aqui a íntegra do Manifesto

COVID-19
 A pandemia do novo coronavírus (2019-nCoV), que começou a assolar a população brasileira nas últimas semanas, também é mencionada no manifesto. A proliferação de casos da doença tem deixado o/a cidadão/ã em estado de pânico e, caso não seja controlada, a Covid-19 sobrecarregará o sistema de saúde pública de todo o país, afetando, sobretudo, os(as) trabalhadores(as) mais precarizados(as). “Defendemos e exigimos medidas emergenciais dos governos em todos os níveis, em especial em ações que fortaleçam o Sistema Único de Saúde (SUS) e que garantam o direito de todo(a)s os trabalhadore(a)s ao atendimento e ao tratamento público, gratuito e de qualidade. Por isso, exigimos a imediata revogação da EC/95 e a recomposição do orçamento da educação e saúde pública”, reforçam as entidades, no texto do manifesto.

ANDES-SN