Future-se vai sucatear pesquisa brasileira, aponta presidente da ADUFMS


⇒O PROGRAMA FUTURE-SE

do governo Bolsonaro coloca a universidade pública brasileira na contramão dos países desenvolvidos no que diz respeito a pesquisas científicas, em que os investimentos públicos ocupam lugar de destaque. É o que afirma o presidente da

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e docente da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) professor Doutor Marco Aurélio Stefanes.

“Estes dados aqui são da Web of Science, que medem a posição Brasil no cenário global da produção científica ocupa o décimo terceiro lugar no ranking da ciência. É um posição de orgulho para a comunidade científica nacional. Nós estamos no caminho certo: o caminho da construção. O que vem ao contrário é o caminho do desmantelamento.”

Em 2015, os países da União Europeia (UE) tiveram cerca de 77%


de investimentos públicos em pesquisa, já nos Estados Unidos, o percentual de pesquisas financiadas pelo Estado Americano chega a 60%. O mundo empresarial destina apenas 6% dos recursos à disposição das universidades estadunidenses. “Quando Future-se diz que nós temos que ir atrás de empresas para financiar nossas pesquisas, a gente observa que isso é uma grande ilusão, porque isso não funciona nos países onde as grandes empresas têm sede”, argumenta Marco Aurélio.


Segundo Marco Aurélio, há nos Estados Unidos uma sobretaxação de heranças. “As pessoas que são formadas e acabam constituindo renda são incentivadas a fazer doações para as universidades. Aquelas pessoas que são formadas nas universidades têm uma cultura de doação”, explicou o pesquisador.

Brasil

No Brasil as pesquisas nas universidades não diferem do cenário global. A maior parte dos recursos são alocados por agências estatais como Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), subordinado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC)


e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação vinculada ao Ministério da Educação (MEC).


Stefanes explica que os vinte maiores financiadores de pesquisa no Brasil são públicos, sejam eles nacionais ou de outros países. “A pesquisa depende fundamentalmente de recursos públicos”, admitiu Marco Aurélio.


Veja o estudo:



http://bit.ly/329zx7q



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