Grupo de universitários promove ato simbólico no Paliteiro contra repressão da Justiça Eleitoral em 26 universidades federais  






Panfleto censurado da Assoiação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande

A face autoritária, partidária e repressiva dos Tribunais Regionais Eleitorais que  tentam silenciar o clamor por democracia dentro das universidades.  São mais 26 universidades que passaram diligências da Polícia Federal ou da Polícia Militar nesta reta final de campanha. Em protesto a repressão e em solidariedade as universidades que  têm sua autonomia violada pelo poder judicário, docentes, alunos e técnicos administrativos estenderão uma faixa preta no Paliteiro, localizado na entrada da UFMS, às 11h30 desta sexta-feira (26.10).

Na quinta-feira, o juiz eleitoral,  Rubens Witzel, do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Mato Grosso do Sul notificou a Reitoria Universidade da Grande Dourados (UFGD), em Mato Grosso do Sul , para proibir a aula pública  “Esmagar o Fascismo”.

A onda facista pela judicialização também chegou a Universidade  Federal de São João de Del Rei, em Minas Gerais. A juíza da 30ª  Zona Eleitoral, Anna Beatriz Rodrigues Rocha, no dia 24 de outubro, determinou no prazo de 48 horas para  a retirada de nota pública do site da instituição de ensino superior: endereço

http://www.ufs.edu.br/noticias_ler.php?codigo_noticias=7207>

. Também o bloqueio do impulsionamento da respectiva nota denunciando as possíveis medidas que afetarão a gestão e financiamento das universidades.

De acordo com matéria publicada pelo site Brasil de Fato , “policiais federais armados adentraram Associação Docente da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG) obedecendo a um mandado de busca e apreensão, expedido pelo juiz eleitoral Horácio Ferreira de Melo Junior, para recolher o “Manifesto em Defesa da Democracia e da Universidade Pública”, assinado pela entidade sindical e aprovado pela categoria em Assembleia. A PF  também levou o HD do computador da assessoria de imprensa do sindicato docente”.

O

site

do Andes-Sindicato Nacional, informou que “na noite de terça-feira (23.11), a Faculdade foi alvo da ação de fiscais do TRE-RJ e da Polícia Militar. Eles entraram no local sem mandado de busca e apreensão e retiraram uma bandeira com os dizeres “Direito UFF Antifascista”./ “Os agentes teriam alegado que combatiam a “propaganda política negativa”. Horas depois, os estudantes hastearam novamente a bandeira”.

O site informou que ainda que “Mariana Trotta, 1ª vice-presidente da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN , estava presente na manifestação de quarta-feira (24) , avalia que a ação do TRE demonstra que a própria justiça eleitoral considera haver uma candidatura fascista. “[O TRE] entende que essas organizações [estudantis] estão se opondo a uma candidatura, estão fazendo debate eleitoral”, avalia.






Mandato do TRE-MS determinando a suspensão da aula pública “Esmagar o Fascismo” a ser ministrada na UFGD

Na Universidade Federal da Bahia (UFBA) o Comitê de Estudantes em Defesa da Democracia foi monitorada por quatro homens que se identificaram como policiais civis. A docente que coordenava o  trabalho explicou que não poderiam ficar no local. Ao começar se ausentar sinalizaram uma arma com os dedos, símbolo da campanha do candidato de extrema-direita, Jair Bolsonaro.

Já totalizam mais de 26 universidades acionanadas judicilamente ou por ações de policiais:

  1. ADUFCG (Campina Grande)
  2. UFJS (São João Del Rei)
  3. UFGD (Grande Dourados)
  4. UFERSA (Rural do Semi-Árido)
  5. UFFS (Fronteira Sul)
  6. UEPB (não vi documento).
  7. Declaração do reitor da UFBA denunciada ao Ministério Público.
  8. UFF (Niterói)
  9. UFRJ
  10. UFPA (Iguarapé-Açu),
  11. UniRio (Rio de Janeiro)
  12. UFMG,
  13. Unilab (Palmares)
  14. Cepe-RJ
  15. Unilab-Fortaleza
  16. UNEB (Serrinha)
  17. UFU (Uberlandia),
  18. UFG
  19. UFRGS
  20. UCP (Petropolis)
  21. UFSJ
  22. UERJ
  23. ADURGS
  24. IFSC
  25. IFRJ – Campus de Campos.
  26. UNIRIO