HU terá grupo de estudo e pesquisa em Bioética

O Conselho Diretivo do Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul aprovou em 19 de setembro a criação do grupo de estudo e pesquisa em Bioética. Serão ministrados cursos, palestras e seminários abertos a profissionais de várias áreas. O curso começa a funcionar em março de

2014

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As atividades serão coordenadas pelo capelão e professor colaborador da disciplina de Bioética no curso de Medicina, Edilson dos Reis, e serão discutidos vários temas como aborto, nascimento, limites terapêuticos, terminalidade da vida, pesquisas que envolvem seres humanos, etc. A Divisão de Apoio Acadêmico e Científico (DIAC) irá oferecer a estrutura e apoio necessários para as atividades como, salas de aula, material didático e certificados.

Segundo Reis, a Bioética não deve ser apenas uma disciplina da área da saúde e deve ser discutida nas áreas de humanas e exatas. O professor também ministra curso de extensão em capelania que é aberto a comunidade e tem duração de 10 meses. A bioética é uma das disciplinas do curso. “A capelania hospitalar também é um curso de extensão voltado principalmente para humanizar as relações no ambiente hospitalar com um discurso de uma religiosidade e espiritualidade”.

Para o professor da disciplina de Bioética do curso de Farmácia Paulo Roberto Haidamus de Oliveira Bastos, as questões relacionadas a bioética são amplas e não tem uma única resposta para as perguntas. Uma das discussões é qual o momento que pode ser considerado a concepção da vida. Parcela da comunidade científica acredita que a concepção ocorre a partir do momento em que há o encontro entre o gameta masculino e o feminino; outros defendem a formação da vida a partir do 7º dia.

Com relação a terminalidade da vida, Haidamus ressaltou que se deve manter a dignidade da vida humana e respeitar a autonomia do paciente. O Conselho Federal de Medicina aprovou uma resolução em 2012 que permite ao paciente decidir previamente sobre o tratamento que quer receber quando estiver incapacitado de expressar sua livre vontade. Haidamus aponta que “os recursos tecnológicos são tão amplos que a gente consegue manter o paciente em determinadas circunstâncias, mesmo que seja num estado vegetativo persistente”.


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