Live sobre PEC 32 reuniu representantes de seis sindicatos

Ocorrido no dia 2 de setembro, evento pode ser assistido no YouTube


Nesta quinta-feira (2), ocorreu a live “PEC 32 e o fim das universidades públicas e dos serviços públicos”, organizada por seis entidades e transmitida pelo canal da Associação dos Docentes da UEMS (ADUEMS) no YouTube, além da página da entidade no Facebook. O evento online contou com a presença de Milton Pinheiro, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), além de Cássia Reis (ADUEMS), Marco Aurélio Stefanes (ADUFMS), Ana Maria Rauber (SINTUEMS), Alexandre Bergamin Vieira (AdufDourados) e Cléo Gomes (SISTA-MS).

Pinheiro elencou os pontos da Proposta de Emenda Constitucional 32/2020 (a PEC 32), conhecida como “Reforma da Previdência”, e explicou que sob o discurso de “modernizar” o Estado brasileiro, a PEC pretende retomar o cenário vigente durante a Primeira República, ao reduzir direitos e criar um Estado cujos servidores são nomeados pelos próprios governantes para cargos temporários, gerando assim uma situação de indicações políticas e de troca de favores.

“Podem haver cargos de liderança, em uma universidade, por exemplo, para dizer o que o reitor ou a reitora pode ou não fazer. Isso tudo por indicação de chefes políticos. Voltamos ao período da Primeira República, voltamos ao mais puro clientelismo da ação política e ao mais profundo fisiologismo na relação com o Estado”, afirmou o professor. “Isso pode ser o fim da gestão pública como a conhecemos até o presente”, ressaltou.

O professor Dr. Marco Aurélio Stefanes, presidente da ADUFMS, afirmou que o objetivo da PEC é desestruturar o serviço público que foi instituído pela Constituição de 1988. Marco Aurélio ressaltou que, embora os defensores da PEC digam que ela deve “combater privilégios”, os setores mais privilegiados não são prejudicados por ela. 

“Se essa PEC é para organizar e aprimorar o serviço público, por que aqueles setores privilegiados da sociedade aumentam ou distanciam ainda mais seus privilegiados?”, questionou o professor. “Os militares foram excluídos, os parlamentares foram excluídos, os juízes estão tentando se desvencilhar também. Os setores historicamente mais privilegiados do serviço público continuam privilegiados com essa reforma, isso já mostra para onde ela caminha”, afirmou.

A live pode ser conferida na íntegra neste link.