O dia 8 de março é marcado por comemorações do Dia da Mulher. Para os movimentos sociais, mais que comemorar com flores, este dia representa um dia de luta por respeito e direitos para as mulheres. Os percalços da desigualdade de gênero ainda presentes em nossa sociedade, a dupla jornada exercida por mulheres todos os dias no nosso país, principalmente por mulheres negras – por muitas vezes negligenciadas em suas particularidades nos movimentos feministas -, o medo de andar na rua sozinha e sofrer abusos ou estupro, a diferença nos salários entre homem e mulher, a violência dentro de casa e em suas camas pelos próprios companheiros e a violência aos seus direitos pelo Estado, fazem com que este dia seja de resistência e luta, em detrimento das comemorações.
Ainda que o cenário seja de resistência, é preciso lembrar que muitas mulheres enfrentam a realidade cruel da violência. Segundo o
Mapa da Violência – Homicídio de Mulheres no Brasil
de 2015, o país tem 4,8 homicídios por 100 mil mulheres (dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde). Com esses números, o Brasil ocupa a 5ª posição no preocupante
ranking
de violência contra a mulher no mundo. Isso quer dizer, por exemplo, que aqui ocorrem 48 vezes mais homicídios femininos que no Reino Unido, 24 vezes mais homicídios femininos que na Irlanda ou na Dinamarca e 16 vezes mais homicídios femininos que no Japão ou na Escócia.
Em combate a esse cenário, a
ADUFMS-Sindicato
elaborou o
Panfleto da Mulher
, com informações úteis a todas as mulheres. Nele, há números de telefones de delegacias da Mulher em Campo Grande (Casa da Mulher Brasileira) e no interior, disque-denúncia, leis de amparo às mulheres e explicação sobre os tipos de violência.
Assessoria de Imprensa da ADUFMS-Sindicato