11-06-2020
⇶ A COMUNIDADE da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) foi surpreendida na manhã de quarta-feira 10 de junho com a publicação da Medida Provisória (MP) 979/2020 do governo do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Educação, Abraham Weintraub, suspendendo processos de consulta para composição da lista tríplice na escolha de reitora(e)s das universidades e institutos federais durante a situação de emergência internacional por conta da pandemia do novo coronavírus, autorizando, de forma autoritária e antidemocrática, a nomeação de interventora(e)s temporária(o)s para a administração dessas instituições de ensino.
O entendimento da diretoria da ADUFMS Seção Sindical ANDES Sindicato Nacional é de que o texto da MP repete a intenção da outra medida provisória, que pretendia interferir na escolha da(o)s dirigentes das instituições federais de ensino e que perdeu a validade ao não ser aprovada pelo Congresso Nacional no tempo previsto em lei.
Por isso a ADUFMS apoia as medidas de entidades como o ANDES, as seções sindicais de docentes de diversas partes do Brasil e outras organizações da sociedade civil, bem como de parlamentares comprometida(o)s com a universidade pública, que visam à suspensão da 979.
Tal medida do presidente da República e do ministro da Educação aproveita da situação de pandemia para aplicar golpe nas democracias universitária e dos institutos federais, desrespeitando sua autonomia, proibindo consultas às comunidades dessas instituições, como a iniciada dia 9 pelo Colégio Eleitoral da UFMS e ainda autoriza que futura(o)s interventora(e)s pro tempore designem os dirigentes de câmpus, faculdades e outras unidades administrativas no âmbito de IES e IFs.
As universidades públicas federais não podem ficar reféns deste desmando antidemocrático, autoritário e golpista do governo federal.
PELA DEFESA INTRANSIGENTE DE DEMOCRACIA E PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA NA ESCOLHA DE SEUS DIRIGENTES!
ADUFMS SEÇÃO SINDICAL ANDES SINDICATO NACIONAL