ADUFMS Seção Sindical do ANDES, em Mato Grosso do Sul, por meio desta, presta total solidariedade ao movimento paredista nacional dos trabalhadores(as) da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
A exemplo do ANDES Sindicato Nacional, entendemos que o movimento tem a legitimação e o devido apelo social em razão da intransigência da direção nacional da empresa que por dois anos sucessivos se nega a negociar com a entidade representativa nacional (FENTECT), optando pelo ajuizamento do dissídio coletivo, em grau de recurso no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Nesta campanha, a categoria nem sequer pede novos reajustes e tão somente reivindica a manutenção de conquistas negociadas em acordos coletivos anteriores.
Desde a posse, o atual Governo Federal vem retirando direitos que garantiam o mínimo de dignidade à categoria. A licença-maternidade foi reduzida de 180 dias para 120 dias. Houve a diminuição no pagamento de adicional noturno, das horas extras e cortes no vale-alimentação. Registrou-se a queda do valor de indenização por morte, no auxílio para filhos com necessidades especiais e no auxílio-creche, além da revogação do acordo coletivo vigente, decisão unilateral da empresa que tenta reduzir benefícios complementares à remuneração-base. Das atuais 79 cláusulas, a intenção da direção da ECT é de enxugar para tão somente nove pontos.
A menor remuneração paga pela empresa caiu de R$ 1.647 em 2018 para R$ 1.363 em 2019, enquanto o salário da presidência da empresa se mantém em R$ 52.619,00 e dos membros da diretoria R$ 45.847,00
A pandemia do coronavírus causou o crescimento significativo no volume de entregas durante o período de isolamento social. A Fentect estima que lucro anual da empresa chegue a R$ 800 milhões para a ECT até o final de 2020. Mesmo em período de recessão mostra sua vitalidade, pois o lucro anua em 2019 atingiu cerca de R$ 163. 8 milhões, conforme divulgado no anuário da empresa.
Quadro semelhante atravessa as universidades públicas com redução drástica de recursos de investimentos e custeios, bolsas de pesquisas e de iniciação científica, congelamento de salários, ameaça de cobranças de mensalidades e privatização.
Diante deste quadro de retrocesso de direitos e ameaças de privatização somamos forças ao movimento dos trabalhadores(as) ecetistas e nos colocamos à disposição do Sintect-MS para eventuais ações de fortalecimento do movimento grevista.
Direção da ADUFMS-Seção Sindical