A direção da
ADUFMS-Sindicato
manifesta total solidariedade à família da mulher, mãe e sindicalista de luta Marisa Letícia Lula da Silva, companheira do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, pelo seu passamento.
Não basta ser mulher, tem que ser de luta
Marisa Letícia, ex-primeira dama da Presidência da República (Foto: Agência Brasil)
Marisa Letícia iniciou a militância na efervescência da luta sindical no ABC paulista por melhores condições de trabalho e salários. Ombreou a luta desenvolvida no País para que as/os trabalhadoras/es conquistassem uma fração do poder político e elevassem a qualidade de vida, educacional e social do País.
Renunciou os bancos da universidade pelas panfletagens nas ruas e favelas, reuniões políticas em bairros, passeatas contra a prisão ilegal de sindicalistas e intermináveis viagens, sempre com muita humildade, respeito e solidariedade.
Nunca se encaixou no modelo da mulher “bela, recatada e do lar”. O status de primeira dama não fez com que Marisa rompesse com a sua origem humilde. Sempre vivou no apartamento simples, adquirido com o suor do seu trabalho, antes do marido, Lula, chegar à presidência. Ainda assim, acompanhou os filhos crescerem e compartilhou os momentos históricos mais importantes da história do País.
Marisa Letícia teve seus últimos dias prestando solidariedade ao marido e à família. Mostrou a garra, a resistência ideológica e feminina contra as tramas rasteiras do poder. Massacrada pelos meios de comunicação, servil aos poderosos, mas deixou um legado de mulher comprometida com a emancipação de classe e de gênero.
Do exemplo de guerreira há de brotar milhões de Marisas.
Campo Grande, 04 de fevereiro de 2017.
Direção da ADUFMS-Sindicato
