A nova direção da
ADUFMS-Sindicato
, gestão Autonomia Sindical, fez sua primeira reunião na manhã desta segunda-feira (23-05) com objetivo de organizar a agenda de trabalho.
Entre os temas tratados estão as ações do movimento sindical docente frente à nova conjuntura do governo do presidente em exercício Michel Temer e as implicações para as universidades públicas. A previsão é de que haja aceleração rumo à privatização do ensino superior público, com implementação de medidas já iniciadas no governo Dilma Rousseff.
As medidas no campo administrativo e político apontam para o fortalecimento das universidades/escolas (
College)
com a priorização da carga horária na atividade de ensino e redução do tempo destinado a pesquisa e a extensão. Pelos atuais cálculos, com base em recentes medidas do Coeg (Conselho de Ensino de Graduação) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) restarão ao/à docente apenas oito horas para as atividades de ensino pesquisa e extensão.
A diretoria da
ADUFMS-Sindicato
analisou o aumento de medidas de controle e vigilância das atividades docentes por meio de ações como o Sistema de Avaliação de Desempenho da Carreira Docente (SiaDoc), Plano de Atividades Docentes (Padoc), Sistema Acadêmico (Siscad) e Sistema de Gestão de Pós-Graduação (Sigpos).
Essas iniciativas, além de transferir mais responsabilidades administrativas para os/as docentes, punem toda a categoria em detrimento do comportamento de poucos/as profissionais que não cumprem a contento suas funções. Além disso, houve críticas à concentração de atividades profissionais não computadas nos sistemas de avaliação, que muitas vezes não são reais e impossíveis de ser cumpridas em 40 horas semanais.
Essas questões serão objeto de reflexão no I Seminário de Formação Política da
ADUFMS-Sindicato
, marcado para 3 junho de 2016.
Na programação estão previstas as seguintes palestras:
13 a 15h
– Representação docente: função, problemas e desafios – palestrantes: professora Mariuza Aparecida Camillo Guimarães e professor Bruno de Carvalho;
15h30min a 17h
– Planejamento de ações para 2016 (diretoria da ADUFMS-Sindicato e Conselho de Representantes Sindicais); e
18 a 22h
– Análise de Conjuntura: o que temer no governo Temer?, com Antonio Carlos Victório (Jacaré).
A diretoria aprovou a produção de manifesto em apoio à ocupação do Prédio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Campo Grande por movimentos da área de cultura, a continuidade das ações contra a Lei da Mordaça, cujo veto do prefeito Alcides Bernal (PP) será apreciado pelos/as vereadores/as e apoio ao “Abraço ao HU” (Hospital Universitário), organizado por estudantes e professores/as da Faculdade de Medicina (Famed) e demais cursos da área de saúde. O propósito é de denunciar a falta de condições de trabalho, medicamentos e equipamentos básicos para o atendimento de pacientes.
O Sindicato vem se empenhando na organização do Encontro Preparatório do II Encontro Nacional de Educação. O Encontro Preparatório acontecerá no próximo fim de semana no
Campus
de Campo Grande (Auditório 2 do Complexo Multiúso) com temas relevantes para garantir avanços na educação: gestão; financiamento; trabalho e formação dos/das trabalhadores/as da educação; avaliação; acesso e permanência; gênero, sexualidade, orientação sexual e questões étnico-raciais.
Assessoria de Imprensa da ADUFMS-Sindicato