O grupo Colisão do Curso de Artes Visuais da UFMS realiza performance em que tematiza as consequências da reforma da Previdência para a população. A concentração está marcada para esta quinta-feira 4 de abril às 12h30min na praça Aquidauana em Campo Grande. Em seguida sai em cortejo pela rua Barão do Rio Branco vira na 14 de Julho segue na Dom Aquino e volta à praça Aquidauana.
No trajeto haverá vários performers: trabalhadores e tipos familiares puxando carroça no lugar dos cavalos pelas ruas centrais de Campo Grande, conduzidos por rédeas. Em cima da carroça um homem de terno, gravata e cartola caracteriza o banqueiro. Cansados pela exploração, os performers pedem ajuda aos transeuntes para puxar a carroça. Os fotógrafos tentarão captar essa relação.
A ideia é possibilitar ao público sentimento inesperado e inusitado de um subtexto muito debatido na contemporaneidade, por meio da linguagem visual e de diálogo interativo com o público. A interferência estética junto com @s transeuntes possibilita a “vivência” que caracteriza a arte contemporânea, que não mais pode ser contida no objeto artístico tornando-se uma relação sensível.
A performance teve seu início na arte moderna, no início do século XX, no Dadaísmo, Futurismo e Surrealismo. É o desdobramento de artes visuais, poesia, dança, teatro e música. As apresentações coletivas das obras e dos manifestos iam além do objeto artístico em si. É considerado aquele período a pré-história da performance.
Mas a performance viria se caracterizar como gênero artístico, assim como a pintura, a escultura e a instalação, depois dos anos 1950, principalmente com o Grupo Fluxus e a grande profusão de artistas que não mais aceitavam ficar presos aos limites de um objeto ou aos espaços de museus e galerias. No Brasil, o maior exemplo desta trajetória artística é Hélio Oiticica. Durante décadas caminhou com sua obra de uma concepção construtivista nas telas planas, depois saiu da tela encontrando a tridimensionalidade de objetos flutuantes e, por fim, com seus Parangolés, capas de tecido usadas interativamente pelo público.
A performance já não é uma arte de vanguarda para estudiosos das artes. Tornou-se um meio de relação direta com o público, que se incorpora como parte da obra.
O Grupo Coli$ão existe desde 2010. Tem realizado centenas de performances e atua na formação de professores e pessoas das comunidades para a utilizar desta linguagem como vivência estética, como arte contemporânea viva e não como peça de museu.
Com informações do Prof. Dr. Paulo C. Duarte Paes – Curso de Artes Visuais – FAALC – UFMS.
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