Passeata externou revolta dos servidores contra a Reforma da Previdência – Foto Carol Caco
Com um dos maiores índices de rejeições da história, desmoralizado, pressionado pelos setores organizados da sociedade e pela própria base de sustentação no Congresso, o Governo Temer recua na principal bandeira do pacote de maldades e retira a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016 (reforma da Previdência) da pauta de votação.
As reformas de Temer sempre encontrou forte resistência das entidades representantivas dos servidores públicos, centrais sindicais e trabalhadores.
Para denunciar os retrocessos sociais da agenda política de Temer, em Campo Grande aconteceu a mobilização de 70 mil pessoas com a participação maciça de professores, pressão sob os parlamentares em Brasília, acampamento em Frente ao Damha II, residência do líder do governo, Carlos Marun (PMDB-MS), ato em frente ao escritório do deputado Eliseu Dionísio (PSDB-MS) e da residência da deputada federal Tereza Cristina (DEM), três audiências públicas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e a produção conjunta de material impresso, veiculação de outdoor nas principais cidades do Estado, vinculação de spot de rádio, panfletagens, barraca de diálogo, debates e fóruns sobre as medidas na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) organizados pela
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Mesmo com baixa adesão da comunidade universitária, a
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esteve à frente da organização desses eventos integrando a Frente Brasil Popular-MS, o Fórum Nacional dos Servidores Públicos (Fonasefe-MS) e o Fórum em Defesa das Universidades Públicas em Mato Grosso do Sul, criado no ano passado.
Nem mesmo os aparatos mediáticos globais foram suficientes para calar a voz do movimento social organizado e sindical nas ruas.
Desde o processo de
impeachment
em 2016, a
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denunciou as articulações orquestradas pelo poder econômico em combinação com setores conservadores da sociedade para caçar as conquistas de trabalhadoras/es e do conjunto das/os servidoras/es públicas/os. Assim que ascendeu ao poder, o Governo Temer transferiu a responsabilidade da crise para o serviço público.
Em 2016
começaram as mobilizações contra a PEC 287/2016 e a Emenda Constitucional (EMC 95/2016, que estabelece limites para os gastos no serviço público). A 95 congelou os salários do funcionalismo por 20 anos e cortou verbas para educação, saúde e seguridade social.
Houve ainda resistência das/os trabalhadores ao projeto de Projeto de Lei (PL) 6.787/2016 que instituiu a reforma trabalhista. A iniciativa permitiu alterações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Precarizou as relações do mundo do trabalho.
Também houve resistência organizada na aprovação da terceirização da atividade-fim (Lei 13.429/2017) que atinge diretamente o serviço público.
Em 2017, a agenda de luta teve continuidade. A
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esteve à frente da mobilização Ocupa Brasília contra a reforma da Trabalhistas e da Previdência. Mais de 150 mil pessoas participaram do ato, reprimido violentamente pelo Governo do Distrito Federal, a pedido do Governo Temer.
O mito do saldo negativo da Previdência Social foi derrubado. A precarização das condições de trabalho se aprofundou e a geração de emprego no país continua um dos baixos da história. Os gastos com a despesas da máquina pública saiu de R$ 75 bilhões em 2016 e saltou para R$ 160 bilhões em 2017. O Governo gasto muito, gasta mal e destina as economias obtidas para o pagamento da dívida pública.
Todas as ações interfiram diretamente na disputa da opinião pública e a reafirmam o papel do movimento sindical na defesa de direitos e conquistas. Temas que sem dúvida estarão na pauta da eleição presidencial e para governador. Nessa agenda a
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estará atuando e orientado o conjunto de filiados e a comunidade universitária.
Assessoria de Imprensa da ADUFMS-Sindicato