Professor condenado por estupro é afastado da UFMS; comunidade acadêmica protesta

A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) afastou preventivamente um professor do Instituto de Biociências nesta quarta-feira (12), após sua condenação por drogar e abusar de uma estudante em 2016. O abusador foi condenado a oito anos de prisão em regime semiaberto e ao pagamento de R$ 30 mil de indenização por danos morais. 

A situação é gravíssima e só se soma aos demais casos, que aconteceram/vieram à tona, de agressores de mulheres, ocorridos com uma frequência assustadora nos últimos meses em Mato Grosso do Sul. A Adufms não só repudia a situação mas procura, de forma mais urgente, mais informações sobre o caso. Além disso, a Seção Sindical participará de uma reunião com um grupo de mulheres docentes para discutir sobre o assunto, além de entrar com um pedido de audiência com  a Reitoria da UFMS para tratar das denúncias de assédio moral/abuso, para que sejam apuradas e, se comprovado, a exoneração de tais professores, causadores dos crimes, seja feita com a rapidez necessária, assim como são realizadas com professores que cometem erros de menor impacto.

Para a presidenta da Adufms, Mariuza Guimarães, “é inadmissível que as ações nestes casos não sejam céleres. Não podemos deixar que se arrastem passando a ideia de impunidade e comprometendo a imagem dos e das docentes e a da universidade pública”. 

Após a repercussão do caso, em nota, a UFMS disse que “determinou hoje o afastamento preventivo de professor lotado no Instituto de Biociências e constituiu Comissão de Processo Administrativo Disciplinar para a completa apuração de responsabilidade do servidor, sob supervisão da Corregedoria da UFMS. A decisão se baseia no parecer da Procuradoria Federal da UFMS, exarado na data de hoje, 12 de março, e revisa o ato administrativo de agosto de 2016 que havia definido pela não apuração dos fatos pela UFMS à época”.


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