Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), participantes da Assembleia Geral Ordinária em Campo Grande e no
Campus
do Pantanal (CPAN) em Corumbá, realizada na quarta-feira 15, votaram pela saída de membros da
ADUFMS
da diretoria do Proifes e pela suspensão/corte dos repasses a essa Federação. Em Paranaíba, a docência aprovou que sejam iniciadas “discussões para a desfiliação do Proifes”, segundo consta na ata da Assembléia.
No tocante à Campanha Salarial 2015-2016, em Campo Grande e em Paranaíba, optou-se pelas propostas encaminhadas pelo Andes-SN ao governo federal. No CPAN, integrantes do Magistério da UFMS defenderam as propostas de reajustes de vencimentos e adequação de carreira encabeçadas pelo Andes.
A decisão acerca do Proifes não significa desfiliação da Federação. A deliberação da quarta-feira 15 define a continuidade de um debate sobre se a
ADUFMS
deve ou não continuar na condição de filiada ao Proifes.
Em linhas gerais, a decisão de professoras e professores da Federal de Mato Grosso do Sul nos
campi
de Campo Grande, Paranaíba e do Pantanal, em relação ao Proifes, foi embasada em ampla discussão sobre a postura da Federação durante a greve de 2012. Interpreta-se que o acordo assinado naquele ano à revelia da base, do qual o Proifes foi signatário, resultou em perda salarial e contribuiu ainda mais para desestruturação da carreira do Magistério Superior das Ifes.
Sobre a deliberação em relação à Federação, a professora Maria Lucia Paniago Lordelo Neves sugeriu que seja elaborado documento explicando à docência da UFMS, especialmente as professoras e os professores “mais novos”, o que aconteceu em 2012, quando se começou a colocar na pauta do movimento docente a desfiliação do Proifes.
Salários e carreira
A deliberação de docentes de Campo Grande e de Paranaíba pelas propostas da Campanha Salarial 2015-2016 elaboradas pelo Andes ocorreu mediante apresentação e análise comparativa de dados referentes a reajustes salariais e à carreira do
Magistério Superior federal. As professoras e os professores presentes à Assembleia Geral Ordinária em Campo Grande e Paranaíba concluíram que a pauta apresentada pelo Andes traz mais ganhos salariais e dá um passo importante na reestruturação da carreira.
Por exemplo, na negociação com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), o Proifes vai defender, com a entrada em vigor prevista para 2016, piso inicial de R$ 2,4 mil para professor/a graduado/a 20 horas. O cálculo levou em consideração a expectativa de inflação em 2015. No caso do/da docente 40 horas, o valor seria elevado para R$ 3,6 mil. Para quem tem dedicação exclusiva, o vencimento chegaria a R$ 4,8 mil. Para
DE
doutor/a, a atualização atingiria R$ 9,6 mil.
A proposta do Andes redimensiona os vencimentos iniciais com base no salário mínimo calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que em fevereiro deste ano foi de aproximadamente R$ 3,1 mil. De acordo com o Sindicato Nacional, esse seria o piso salarial de um/a docente iniciante 20 horas. O/a professor/a com 40 horas passaria a ganhar, em 2016, R$ 6,2 mil. O/a
DE
mestre/a teria seus vencimentos reajustados para R$ 9,6 mil. Já a professora e o professor
DE
doutor/a começariam ganhando R$ 16,2 mil.
Em Aquidauana, não se deliberou sobre a que proposta de campanha salarial aderir. Lá os/as participantes da Assembleia Geral Ordinária entenderam que tal decisão depende da desfiliação ou não do Proifes.
Na próxima assembleia, a ser convocada para o dia 7 de maio, serão discutidas mudanças no estatuto da
ADUFMS
.
Assessoria de Imprensa da ADUFMS