O governo de São Paulo, em reunião mantida com a Apeoesp na manhã desta segunda-feira, 30 de março, não apresentou nenhuma proposta salarial à categoria, mesmo diante da adesão de mais de 60% dos professores e das professoras de todo o estado à greve que acontece desde o dia 13 de março. Também não houve avanços concretos nos demais pontos da pauta de reivindicações.
A direção da Apeoesp reafirmou a necessidade de um plano de composição salarial para aumento de 75,33%, necessário para a equiparação dos salários com a média salarial das demais profissões com formação de nível superior, rumo ao piso do Dieese para jornada de 20 horas semanais de trabalho. A equiparação está prevista na lei do Plano Nacional de Educação. A posição do governo paulista é de que somente após estudar o orçamento e o comportamento da arrecadação, em abril, poderá discutir esse assunto.
Entretanto, o mesmo não ocorreu para o reajuste do salário do Governador e a concessão de 17% a mais nos salários dos secretários. Outro ponto mal explicado é o bônus. Segundo dados do Fundeb, não havia recursos para pagamento do “maior bônus da história”. De onde surgiu R$ 1 bilhão para esta finalidade? Trata-se de uma opção do Governo: pagar bônus e não salário. Mas bônus exclui os aposentados, não incide sobre os benefícios da carreira e prejudica a aposentadoria da docência paulista.
Fonte: Informe Urgente Apeoesp n. 23.