Queda do ‘muro’: reitor acata sugestão encaminhada por docentes e retira grades da reitoria







Trabalhadores retiraram a cerca que restringia o acesso à reitoria

(Foto: Carol Caco/ADUFMS-Sindicato)

O novo reitor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Marcelo Turine, cumpriu o assumido em campanha e ordenou a retirada das grades que cercavam a reitoria. A medida foi uma das reivindicações dos docentes da Universidade, encaminhada em carta aberta pela

ADUFMS-Sindicato

aos dois candidatos que concorreram à reitoria no ano passado, após ampla consulta a todos os

campi.

As grades no entorno do local não eram bem vistas pela comunidade universitária, pois simbolizavam a falta de diálogo e a intolerância da ex-reitora Celia Maria Silva Correa Oliveira. A decisão de estabelecer a barreira física, com portão eletrônico apenas para a entrada de “pessoas autorizadas” aconteceu em outubro de 2013, após

duas ocupações sucessivas da reitoria por estudantes

que reivindicavam melhores condições de permanência na instituição e investimentos nos cursos de graduação e pós-graduação.

A retirada da cerca foi uma das propostas apresentadas inicialmente pelo candidato da chapa MUDE (Movimento Universidade Diferente e Eficiente), Marco Aurélio Stefanes, na disputa pela reitoria em 2016. A medida foi incorporada pelo então candidato, Marcelo Turine, que recebeu a maior número de votos e consolidou-se reitor da UFMS pelo sistema de voto proporcional.

A reivindicação voltou a ser apresentada

em reunião ocorrida com a direção da

ADUFMS-Sindicato


e o reitor, no dia 28 de dezembro de 2016, em que, novamente, os pedidos formalizados pela categoria durante o processo eleitoral foram reiterados. O item 7 da carta solicita a “democratização do acesso dos docentes, discentes e técnicos à reitoria com a retirada das grades existentes ao redor e garantir que não se criem novos obstáculos”.

Para a presidenta da

ADUFMS-Sindicato

, Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, o reitor neste momento faz um gesto de boa  vontade com a comunidade, abrindo as portas. “Isso é um gesto simbólico. E nós queremos acreditar que este gesto simbólico se transforme em prática e que nós possamos ser ouvidos/as em tudo aquilo que nós precisamos, naquilo que é reivindicação da categoria. Defendemos o diálogo e é neste sentido que vamos trabalhar para que as nossas propostas possam ser implementadas no que for possível diante da conjuntura atual”.



Assessoria de Imprensa da ADUFMS-Sindicato