Candidatos Lincoln Oliveira e Lídia Ribas apontaram diversas falhas da atual gestão
Os reitoráveis à direção da UFMS, Lincoln Carlos Oliveira da Silva e Lídia Maria Ribas assumiram no debate online o tom de oposição ao atual reitor da UFMS, Marcelo dos Santos Turine, da Chapa 2 Todos Somos + UFMS. O candidato confirmou a ausência no início do debate, sem prévia justificativa ao convite formulado antecipadamente pelos organizadores. Os comentários dos participantes seguiram o mesmo o caminho.
O candidato da Chapa 3 UFMS + Vozes, Lincoln Carlos Silva de Oliveira, teceu críticas ao caráter de perseguição aos docentes e estudantes por parte de denúncias evasivas que chegam à Ouvidoria da UFMS. Destacou como exemplo a perseguição aos estudantes que ocuparam a unidade IV em protesto à tentativa de o Governo Federal instituir o programa Future-se. Defendeu que os processos de comunicação internos sejam priorizados como forma de melhorar o ambiente de trabalho, a partir do respeito da diversidade cultural e de pensamentos que deve coexistir dentro da instituição. Sugeriu a incrementação de atividades culturais, como pintura de murais frente a padronização da cor azul.
A candidata da Chapa 5 Eficiência e Inovação, Lídia Maria Lopes Rodrigues Ribas, comentou o ambiente de insegurança, intranquilidade e medo que se instalou dentro da universidade. Mencionou imposição do enfoque único de universidade. Apresentou a necessidade da criação um Comitê de Monitoramento para avaliar previamente as denúncias encaminhadas e prevenir conflitos. Propôs o encaminhamento de campanhas contra o assédio moral presente no ambiente de trabalho e a facilitação do atendimento psicológico e oportunidade de capacitação de técnicos administrativos.
A burocratização dos processos administrativos e excessos de regramento também foram questionados pelos dois candidatos. Lincoln destacou como exemplo o sistema de avaliação e controle dentro da instituição que retira o professor da atividade fim para tarefa administrativa. Comentou que o atual reitor, que é da área de análise de sistema, não conseguiu unificar as informações em uma única plataforma, medida já adotada em outras universidades e que poderiam ser adaptadas às necessidades da UFMS.
Os debatedores teceram comentários também sobre a liberdade pedagógica. Lincoln destacou que hoje as salas de aula são todas fechadas e autorização de uso deve ser objeto de responsabilidade de um técnico ou professor. As aulas estão fechadas, não permitem a frequência de alunos em caso de mal tempo e restringe outras formas de organização que requerem o uso destes espaços. Nem mesmo monitores turmas têm acesso. Registrou a supressão dos espaços comuns de convivência nos corredores e perda especial de identidade de turma, em razão da atual forma de oferecimento de disciplinas. Lídia colocou entre as ações de integração contidas no seu programa a reativação de cantinas que deveriam ter melhor cuidado e recuperada como espaço mútuo de integração nos diversos campi.
A instituição das aulas remotas, depois rebatizada de aulas programas também entrou na pauta de discussão. Não faltou críticas à improvisação e à perda de qualidade com que as atividades foram oferecidas. A forma de instituição vai incidir na evasão e reprovação. Também foi questionada a competência do Comitê Operativo de Emergência (COE) em deliberar sobre atividades pedagógicas e de enfrentamento ao Covid 19, em substituição aos colegiados superiores: Conselho Universitário (COUN) e Conselho Diretor (CD), ambos com representação dos segmentos classistas da UFMS.
O candidato da Chapa3 defendeu o resgate das instâncias colegiadas com ambiente decisão sobre as deliberações pedagógicas e administrativas, inclusive a ação política conjunta para alterar a atual lei federal que regulamenta o processo de escolha da lista tríplice, com a inclusão do sistema de escolha proporcional, na sua opinião mais equitativo e democrático.
Assessoria de imprensa da UFMS
