A direção da
ADUFMS-Sindicato
se reuniu na manhã de quarta-feira 28 de dezembro com o novo reitor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Prof. Dr. Marcelo Augusto Santos Turine. Na ocasião, a presidenta da entidade, Profa. Dra. Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, entregou carta de reivindicações apresentadas pela categoria durante o processo de escolha do reitor e da vice-reitora. O documento foi entregue oficialmente contendo diversos pontos referentes à gestão administrativa, condições de trabalho docente e sugestões de melhorias nas atividades de ensino, pesquisa e extensão.
A principal discussão foi estabelecida em torno da proposta de retirada do Plano de Atividades Docentes (PADOC) devido à sua sobreposição com outros procedimentos com os mesmos propósitos, tais como o Sistema de Avaliação de Desempenho da Carreira Docente (SIADOC), Sistema Acadêmico (SISCAD), Sistema de Gestão de Pós-Graduação (SIGPOS), Sistema de Gerenciamento de Projetos (SIGPROJ), entre outros, que já vêm sobrecarregando as professoras e os professores. Sobre essa questão o pró-reitor de Ensino de Graduação, Prof. Dr. Ruy Alberto Caetano Corrêa Filho
,
esclareceu que o PADOC serve como instrumento de planejamento e acompanhamento docente, diferentemente dos objetivos dos demais sistemas.
O reitor Marcelo Turine complementou que o controle na distribuição e presença de pessoal nos locais de trabalho vem sendo cobrado pelo Ministério Público Federal (MPF), incluindo a instituição de ponto eletrônico. Em contrapartida, a direção sindical argumentou que o PADOC, da forma como foi proposto e implementado, não passa de uma peça de ficção alimentada com informações dissonantes da realidade, pois várias/os docentes cumprem jornada excedente às quarenta horas e não podem efetuar o registro do tempo real de trabalho. Como proposta alternativa, Turine estabeleceu o compromisso de efetivar a comunicação com outros sistemas, tendo como fonte efetiva de atualização e acompanhamento permanente o Currículo Lattes, que servirá como instrumento para mensurar a atividade da docência.
A
ADUFMS-Sindicato
reivindicou a instituição de maior prazo para reestruturação administrativa da universidade, que se encontra em curso. Argumentou que quarenta dias para que tal reestruturação seja discutida e implementada são insuficientes para diagnóstico e implantação do novo modelo. A reitoria, por vez, esclareceu que uma comissão vem encaminhando e avaliando as propostas de novas faculdades e institutos, mas apenas daqueles projetos em que os processos já estavam em andamento, com a priorização de unidades com volume sobrecarregado de cursos, como o Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS) e o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS),
Campus
do Pantanal (CPAN, Corumbá) e
Campus
de Três Lagoas (CPTL), com base em critérios, bem como indicadores a ser instituídos e aprovados nos conselhos, tais como número de alunos/as, quantidade doutores/as e mestres/as, distribuição da carga docente etc.
A nova administração da UFMS adiantou que não pretende alterar a estrutura organizativa já existente, como os institutos e faculdades. Nesse ponto foi questionado pelo Sindicato se não havia a necessidade prévia de se pensar a representação nas instâncias superiores de decisão e o modelo de universidade, para então se discutir a nova estrutura, sob pena de repetir os erros de gestões anteriores. O reitor alegou que essa é questão administrativa, com base em propostas já em andamento e que havia necessidade de preencher os cargos CD4, fruto da reestruturação interna e fusão de cargos no seu gabinete e nas pró-reitorias. Alertou ainda que, caso a decisão e implementação não fossem rápidas, os cargos poderiam ser resgatados pelo governo federal. Comprometeu-se, por fim, em manter uma administração horizontalizada, tornar mais ágeis as informações sobre as decisões de reestruturação, inclusive com a transmissão das reuniões em tempo real e que mais tarde pretende tratar das questões maiores que demandam a mudança de estatuto da UFMS.
O Sindicato solicitou mais flexibilidade na mobilidade da diretoria da entidade, bem como para as/os representantes sindicais participarem de atividades tais como reuniões, manifestações, seminários, entre outras. O reitor solicitou que os pedidos de liberação devem ser encaminhados às chefias por
e-mail
, sem dispensar os procedimentos legais, mas promovendo a agilização por meio da tecnologia.
Turine pediu parceria do Sindicato na realização de seminários temáticos para discutir grandes questões atinentes à universidade e ao serviço público: Previdência Social, fortalecimento do Programa de Assistência à Saúde (PAS-UFMS), ensino, pesquisa, extensão e saúde docente. A
ADUFMS
informou que o Plano de Trabalho da Diretoria para 2017 será definido pelo Conselho de Representantes Sindicais no dia 30/01/2017 e que as temáticas de interesse da Universidade devem ser encaminhadas para apreciação dos/as representantes sindicais.
O reitor informou que vai criar ações que reduzam a evasão estudantil, que garantam o encaminhamento das reclamações à Ouvidoria da UFMS e solicitou apoio do Sindicato no sentido de encaminhar propostas às demandas referentes à rotina administrativa, a docentes e atividades-fim da instituição. Os demais pontos apresentados pela
ADUFMS-Sindicato
voltarão à pauta em nova reunião prevista para janeiro de 2017.
Também estiveram na reunião os Profs. Drs. Fábio Henrique Viduani Martinez (diretor financeiro da ADUFMS-Sindicato), Guilherme Rodrigues Passamani (CCHS), do Conselho de Representantes Sindicais, Prof. Dr. Antonio Firmino de Oliveira Neto (representante de coletivos) do Campus de Aquidauana (CPAQ), José Roberto Rodrigues de Oliveira (primeiro secretário da ADUFMS-Sindicato) a Profa. Dra. Fátima Heritier Corvalan (diretora de Promoções Sociais, Culturais e Científicas da ADUFMS-Sindicato), a vice-reitora da UFMS, Profa. Dra. Camila Celeste Brandão Ferreira Ítavo e a assessora da reitoria da UFMS em atendimento aos sindicatos, Profa. Dra. Elizabeth Maria Azevedo Bilange.
Assessoria de Imprensa da ADUFMS-Sindicato