Um das principais reivindicações do movimento de professores e professoras das universidades públicas do Brasil, as oito horas-aula mínimas, encontra forte resistência da atual reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. A reitora da UFMS, Célia Maria Silva Correa Oliveira, deixou claro que, pelo menos durante sua gestão, a redução de horas-aula de docentes, para que haja mais tempo de pesquisa e uma consequente maior e melhor produção científica, não vai acontecer.
O tema fez parte da primeira reunião da nova diretoria da ADUFMS-Sindical, gestão Autonomia Sindical, com a reitora, que contou com a participação de pró-reitores e outros quadros da administração da UFMS, ocorrida nesta semana.
Durante encontro, a vice-presidenta do Sindicato, professora Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, avaliou que a política adotada pela administração da UFMS é muito complicada. Sem as oito horas-aula mínimas, a sindicalista disse que “é praticamente impossível produzir com qualidade”.
Um dos fatores que, segundo a reitora Célia, torna difícil a prática das oito horas-aula mínimas é a falta de professores/as na Universidade, embora a própria dirigente tenha informa que havia
deficit
de 300 profissionais no quadro da docência e que conseguiu contratar mais docentes, reduzindo pela metade a carência de pessoal no magistério da UFMS.
A professora Ana Paula Salvador Werri (Aquidauana), integrante da diretoria da ADUFMS-Sindical, apontou dificuldade para fixação de doutores/as nos centros universitários do interior do Estado como um dos obstáculos a ser superado pela UFMS.
Dentro da situação de falta de docente, o presidente do Sindicato, professor José Carlos da Silva, enfatizou a necessidade de se respeitar o período de descanso do/a docente, não acumulando-o/a com excessivas atividades. Silva ressaltou que é preciso olhar para a condição de vida do/a professor/a, porque, caso contrário, a docência da UFMS acaba tendo seu lazer protelado.
Assessoria de Comunicação ADUFMS-Sindical