Após ato nacional em Brasília, Andes prepara novas mobilizações

Ato “Ocupa Brasília” teve representantes de Mato Grosso do Sul e contou com apoio da Adufms

O Andes-SN encaminhou, nesta segunda-feira (20 de junho), uma circular em que comunica a realização de uma rodada de assembleias, até a quinta-feira (24), para deliberar sobre o indicativo de deflagração de greve; ocupação de universidades, institutos federais e Cefets, entre os dias 27 e 29; e a semana de lutas entre 4 e 7 de julho, contra os cortes orçamentários, as privatizações e em defesa da educação pública. A entidade convoca, para o dia 25, uma reunião do setor das instituições federais de Ensino Superior (IFES).

Na terça-feira (14 de junho), houve o Ocupa Brasília, uma manifestação que uniu representantes sindicais e do movimento estudantil em um grande ato com milhares de participantes. Uma caravana representou Mato Grosso do Sul, com o apoio logístico da Adufms, onde houve a concentração para a viagem. Estiveram presentes, pelo estado, estudantes da UFMS, além de docentes e acadêmicos da UEMS. Ingryd Trigilio, acadêmica de Ciências Sociais na UFMS e representante da UNE, avalia que “a mobilização foi demais”. A estudante destaca que “havia outras caravanas de outros estados, havia a unificação de vários partidos políticos e de movimentos estudantis, então foi uma mobilização muito necessária”.

A professora Dra. Alaíde Japecanga, que leciona no curso de Matemática da UEMS, afirma que é incentivador que haja atos como o Ocupa Brasília. “Para os estudantes, foi uma experiência riquíssima. Eles ainda não conheciam a luta pela universidade pública. Meninos e meninas sabendo o que é a luta é algo que nos faz esperançar”, declara, utilizando a expressão cunhada pelo patrono da educação brasileira, Paulo Freire.

“Havia estudantes do Brasil inteiro, indígenas, quilombolas; conversamos com deputados favoráveis, que subiram no palanque e conversaram com os meninos”, pontua Alaíde. “Esse governo precisa saber que não vamos aceitar calados os retrocessos”, conclui, ao lembrar que Jair Bolsonaro declarou, na segunda-feira (13), que os servidores públicos federais não receberão reajuste salarial em 2022.

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