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Ato pelo reajuste salarial ocorre nesta quarta, 30 de agosto

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Conjuntura política e campanha salarial são tema de debate nesta quinta

Ocorre nesta quinta-feira (10 de agosto), a partir das 15h (MS), a mesa “Conjuntura Política e campanha salarial dos/as servidores/as públicos/as federais”. O evento ocorrerá no salão da Adufms (Avenida Filinto Müller, 559) em Campo Grande, com transmissão online pelo canal da Adufms no YouTube. A atividade resulta de uma parceria com a Adufpr, a Adur-RJ, a AdUFRJ e a AdufDourados.

Estarão presentes o professor Dr. Marco Aurélio Stefanes, da UFMS; a professora Dra. Eleonora Ziller, da UFRJ; a professora Dra. Adriana da Silva Posso, da UFMS; e a professora Dra. Noemia Moura, da UFGD.

Marco Aurélio Stefanes possui graduação em Ciência da Computação pela UFMS (1992), mestrado em Matemática Aplicada (1998) e doutorado em Ciência da Computação pela USP (2003). Atua no programa de pós-graduação em Computação da UFMS. Foi Conselheiro da Cooperativa Sicredi MS/TO. Foi presidente da Adufms em duas gestões, além de ter atuado nos Conselhos Diretor e Universitário da UFMS.

Eleonora Ziller, professora de literatura comparada da faculdade de Letras da UFRJ, foi presidente da AdUFRJ na gestão 2019/2021. Integra o PPG em Ciência da Literatura e o mestrado profissional em tecnologias para o desenvolvimento social da UFRJ.

Adriana Posso é licenciada em Química, mestre em Educação, doutora em Ensino de Ciências e professora do quadro efetivo do Instituto de Química da UFMS. Desenvolve pesquisas na área de ensino de Ciências com interesse na construção de significados na sala de aula, no processo de resolução de problemas sociocientíficos, na produção e planejamento de sequências didáticas, na formação de professores e no estudo das ações mediadas e dos sistemas de atividades para compreender processos de ensino e de aprendizagem em salas de aula presenciais e virtuais. É coordenadora do subprojeto Química do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid-Capes).

Noemia Moura é graduada, especialista e mestre em História, com ênfase em História Indígena, pela UFMS e doutora em Ciências Sociais pela Unicamp. Desenvolveu sua formação acadêmica na interface da História com as Ciências Sociais, principalmente com a Antropologia, realizando estudos com o povo terena sobre o protagonismo no processo de apropriação do cristianismo pelos indígenas convertidos ao catolicismo, protestantismo e pentecostalismo. Desenvolve estudos sobre educação escolar indígena entre os povos indígenas do Cone Sul e do Pantanal e participa de projetos de pesquisa e extensão sobre histórias e culturas dos povos kaiowá, guarani e terena. Atualmente, é vice-presidente da Seção sindical AdufDourados na UFGD.

 

 

 

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Adufms encontra ministro em lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar

Ocorreu nesta terça-feira (25) o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira e do presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Cesar Aldrighi.

Estiveram também presentes membros da bancada federal de Mato Grosso do Sul, o governador Eduardo Riedel, deputados estaduais, prefeitos/as e vereadores/as, além de representantes de movimentos sociais, do governo federal e de secretarias do governo estadual.

A Adufms esteve representada pela presidenta da entidade, a professora Mariuza Guimarães. Também estavam presentes o professor Marco Aurélio Stefanes, que presidiu a entidade durante os biênios 2019-2021 e 2021-2023; e o coordenador-geral do Sista-MS, Lucivaldo Alves dos Santos.

No auditório, logo após o evento, Mariuza entregou aos deputados federais Vander Loubet (PT) e Camila Jara (PT) um relatório sobre políticas de melhoria referentes à UFMS, contendo propostas e um levantamento sobre ações que envolvem a Universidade. Na sala de imprensa, onde ocorreu uma entrevista coletiva, a presidenta da Adufms entregou o documento também ao ministro Paulo Teixeira.

Os parlamentares e o ministro se comprometeram a estudar o tema, bem como avaliar as políticas que podem ser tomadas para que os mandatos e o governo federal trabalhem em prol da instituição, junto à comunidade acadêmica.

O Plano Safra da Agricultura Familiar, que foi lançado junto à Conferência Estadual da Agricultura Familiar, prevê a destinação de cerca de R$ 400 milhões em crédito rural para o setor, para auxílio em custeio e comercialização, bem como a retomada do Pronera (Programa Nacional de Educação e Reforma Agrária), importante ferramenta de educação e formação de trabalhadores/as do campo, por meio de programas e políticas públicas implementadas pelas universidades.

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Em entrevista ao portal Observatório, presidenta da Adufms fala sobre perspectivas para a educação

A professora Mariuza Guimarães, presidenta da Adufms durante o biênio 2023-2025, cedeu uma entrevista à jornalista Andréia Cercariolli para o portal Observatório. Na conversa, foram abordadas as perspectivas em relação às políticas para a educação superior pública durante o atual governo federal, os desafios da nova gestão na Adufms, entre outros temas.

Confira abaixo a entrevista na íntegra:

Em entrevista exclusiva para o Observatório, Mariuza Guimarães relata que, com o atual governo “Gradativamente os recursos estão chegando à UFMS que é o nosso espaço de atuação, mas temos resquícios de uma política antidemocrática, sem transparência e personalista, o que nos impede de ver estes benefícios da forma como deveriam ser efetivados.”

A professora Mariuza Guimarães é doutora em educação pela UFMS, mestra em educação pela mesma instituição e pedagoga, com um vasto currículo na área da educação e atualmente presidenta da ADUFMS – Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Com a vitória do Presidente Lula o destino das universidades públicas mudou?

Já se sente que há novos ares na universidade, uma leveza que não existia no pós-golpe. A postura dos dois últimos governos criou um clima de terror e de medo das perseguições. O fantasma da ditadura rondou os nossos corredores que ainda tem feridas abertas da era pós-1964. Podemos dizer que a esperança de liberdade voltou, mas ainda é cautelosa. A extrema direita neofacista não está morta.

O corte de bolsas, negacionismo, fake news e perseguição do governo anterior comprometeram o desenvolvimento do ensino superior no país?

Do ponto de vista de uma universidade na qual se investe para produzir conhecimento que tem por objetivo atender as demandas da sociedade, em especial, as classes populares; a liberdade de ensinar e aprender, conforme previsto na LDB, foram grandes os prejuízos. Demoraremos um tempo para resgatar a universidade pública, gratuita, laica, de qualidade social, pela qual lutamos durante quase um século no país. Mas se o olhar for o dos privatistas, foi positivo, mais um pouco e a universidade deixaria de ter as características que para nós simboliza a universalização do conhecimento e que nos é tão cara.

O que fazer para haver uma mudança?

A palavra de ordem é MOBILIZAÇÃO. O governo que ora dirige o país é de uma ampla coalizão, com projetos de país diferentes e que se uniram circunstancialmente para lutar contra a extrema direita e suas ações nefastas que não representa alguns setores da elite brasileira neoliberal, portanto temos um governo em permanente disputa. Se quisermos recuperar nossos direitos e garantir a democracia como organização precípua para nosso país teremos que implementar ações contundentes para a organização de nossa categoria e promover as mobilizações necessárias para as conquistas de direitos.

Nos últimos anos, as universidades públicas tiveram redução de investimento. Em 19, Lula anunciou a recomposição de R$ 2,44 bilhões no orçamento do ensino superior. Este investimento já sendo utilizado em Mato Grosso do Sul para fortalecimento da educação superior e do ensino profissional e tecnológico?

Gradativamente os recursos estão chegando à UFMS que é o nosso espaço de atuação, mas temos resquícios de uma política antidemocrática, sem transparência e personalista, o que nos impede de ver estes benefícios da forma como deveriam ser efetivados. A universidade ainda trabalha com empresas terceirizadas para atender aos serviços básicos e gerais, comprometendo a sua continuidade pelas sucessivas desistências destas empresas, ainda vemos a Educação a Distância substituindo a educação presencial, sobretudo nas unidades do interior, que em tempo muito curto se transformarão em meros polos EAD, com forte impacto na qualidade e no tripé da universidade: ensino, pesquisa e extensão. Enfim, não basta apenas liberar recursos, temos que mudar a concepção de universidade que vinha sendo construído nos últimos anos.

O que falta nas nossas Universidades?

No caso da UFMS, a democratização dos conselhos superiores e demais espaços de decisão das ações a serem desenvolvidas; a transparência na aplicação dos recursos. Para ilustrar os tópicos apresentados, destaco as reuniões do Conselho Diretor e do Conselho Universitário, onde as manifestações são apenas as dos representantes do Sindicato dos técnicos, SISTA, e dos docentes, a ADUFMS. Estas reuniões têm acontecido de forma online, transmitidas por meio da TV Universidade, onde durante toda a reunião aparecem apenas o reitor e a vice reitora. As demais participações são por meio do chat ou da voz, mas sem a identificação visual de quem fala. Quanto aos recursos financeiros, muito deste se dão por meio de emendas parlamentares ou financiamento captados por projetos apresentados por docentes, com fomento externo. Estes recursos são administrados pela fundação vinculada à universidade, a FAPEC, que apresenta relatórios financeiros, conforme determina a lei. Mas a definição dos projetos contemplados por meio destes recursos não são transparentes. São editais aligeirados, publicados no período de recesso quando a maioria dos docentes estão em férias e aparentemente direcionados. As bolsas destinadas (definidas pelos coordenadores) tem valores altos e não há uma régua delimitadora. Questionamos em reunião do CD e recebemos como resposta que quem define bolsas e os respectivos valores, incluindo os de diárias, são os coordenadores/as.

Concurso Público, há previsão?

Sim, já foram aprovados dispositivos pelo governo que permitirá a retomada da realização de concursos públicos, ainda em 2023.

Quais os desafios nessa nova gestão do sindicato que você representa?

Dentre os desafios impostos pela conjuntura podemos destacar: a luta pela reposição salarial; a democratização dos espaços da UFMS, como: o uso de espaços físicos pelo sindicato para as suas ações em todas as unidades e campus, a superação da política de intimidação da gestão federal e local com vistas à promoção da liberdade de manifestação sem ameaça de punição; a ampliação do alcance da categoria, sobretudo, os docentes que ingressaram mais recentemente e que são os que mais perderam direitos; a melhoria em nossas estratégias de comunicação; entre outros.

Enquanto Presidenta quais as demandas pontuais prioritárias?

Conforme expresso em nossos desafios são muitas as demandas para a atual diretoria “ADUFMS PLURAL E DEMOCRÁTICA”, mas elegemos como demandas prioritárias a luta pela recomposição da carreira e dos salários e uma política de comunicação que dialogue com a categoria, seja para alcançar filiados e filiadas ou conquistar novas filiações.

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Educação Nota

Nota de solidariedade à Fetems e docentes da educação básica

A Adufms vem a público defender o direito constitucional da Liberdade de Cátedra, bem como manifestar sua solidariedade à Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul e professores/as da educação básica que vêm sofrendo perseguição contra sua atividade docente.

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, por meio de um requerimento apresentado pelo deputado estadual de extrema-direita Rafael Tavares (PRTB) e aprovado por 10 votos contra apenas dois contrários – os petistas Pedro Kemp e Gleice Jane –, tem buscado calar uma professora da Escola Estadual Joaquim Murtinho por afirmar que Jair Bolsonaro é um político de extrema-direita.

Além do evidente absurdo em se buscar o impedimento de que educadores ensinem o óbvio, já que Bolsonaro é de fato um sujeito de extrema-direita sob qualquer análise política séria, evidencia-se algo ainda mais grave: utilizar-se de uma relação de poder desproporcional para praticar e incitar a perseguição odiosa a professores e, consequentemente, à escola e à educação como um todo.

Em um país que tem enfrentado aumento nos casos de violência nas escolas e contra elas, os deputados de Mato Grosso do Sul – em sua ampla maioria – acham razoável aprofundar o ódio contra a categoria docente. Questionamos: o estado não teria demandas importantes no que diz respeito a temas sociais, econômicos, questões de saúde, educação (reais), moradia, segurança e tantas outras? Suas “excelências” estão com tempo de sobra para que voltem seus esforços à destruição moral de uma trabalhadora da educação?

Chama a atenção que o parlamentar considere a categorização “extrema-direita” como ofensa. Não há qualquer juízo de valor a respeito do termo, baseado em critérios da ciência política. O próprio partido que Tavares integra, o PRTB, é considerado pelos mais importantes estudiosos do tema* como uma agremiação de extrema-direita. Se o deputado avalia o termo como ofensa, sugerimos que mude de legenda.

Repudiamos as falas do deputado, bem como pedimos à população que preste atenção nos posicionamentos, votos e prioridades de seus representantes. Reforçamos nosso apoio e ressaltamos que estaremos juntos/as nas lutas pelas demandas da categoria docente em busca da garantia de seus direitos, sobretudo o da Liberdade de Cátedra, garantido por meio do artigo 206 da Constituição Federal. Para finalizar, sugerimos aos deputados que estudem a Lei brasileira, pois tal conhecimento é o mínimo necessário para a função que ocupam.

Por uma educação sem mordaças e sem amarras!

*Referências

Octavio Guedes (24 de abril de 2021). «Levy Fidelix foi uma prévia de Bolsonaro, afirmam estudiosos da extrema direita brasileira». G1.
Neto, Odilon Caldeira (10 de julho de 2016). «Frente nacionalista, neofascismo e novas “direitas” no Brasil». Faces de Clio. pp. 20–36.

 

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Educação UFMS

Projétil completa cem edições com evento de celebração

O Projétil, jornal laboratório do curso de Jornalismo da UFMS, chega a sua centésima edição com um evento de lançamento na sexta-feira, dia 30 de junho. Com produção ininterrupta desde 1990, o jornal é o segundo impresso mais antigo do estado ainda em circulação e um dos jornais laboratório mais antigos do Brasil, premiado e reconhecido nacionalmente.

A edição 100 é comemorativa e propôs a revisitação de temáticas relevantes de edições passadas, fazendo um levantamento histórico e reavaliação das informações e pautas já publicadas. A centésima edição conta também com colaborações de egressos, antigos docentes e uma parceria inédita com a Revista Badaró, além de uma carta do reitor Marcelo Turine, que destacou a importância do Projétil e do curso para o jornalismo do Mato Grosso do Sul.

O evento de lançamento, que será realizado no dia 30, será aberto para a comunidade universitária e externa com entrada gratuita. A programação inclui a abertura da exposição Projétil ilustrado, que trará os originais das capas e ilustrações do Projétil, feitas em parceria com o Grupo Pensar o Desenho, do curso de Artes Visuais; apresentações musicais de egressos do curso de Jornalismo da UFMS; um mini documentário mostrando o processo de produção da centésima edição e leituras de trechos de reportagens feitas pelos estudantes da turma responsável.

Data: 30/06 (sexta-feira)
Hora: 16h30-18h30
Local: Teatro Luis Felipe de Oliveira, próximo ao prédio novo da Faalc, setor 3, Bloco 23, UFMS
Público: comunidades universitária e externa
Entrada: gratuita

Programação:

  • Abertura da exposição Projétil ilustrado, em parceria com o Grupo Pensar o Desenho do curso de Artes Visuais
  • Apresentação musicais de egressos do curso de Jornalismo
  • Mini documentário sobre o processo de produção da edição 100 do Projétil
  • Leituras de trechos de reportagens por estudantes da turma
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Educação Eleições UFMS

Chapa “É tudo pra ontem” assume gestão no DCE da UFMS

A Chapa “É tudo pra ontem” (2), composta por estudantes que integram a União da Juventude Comunista (UJC, ala juvenil do PCB), o movimento Correnteza (corrente da UP ligada à juventude) e independentes, assumiu o Diretório Central de Estudantes (DCE) na última sexta-feira (23).

A agremiação foi eleita durante eleição realizada entre o corpo discente entre os dias 30 de maio e 19 de junho, quando houve a votação. A “É tudo pra ontem” venceu a chapa “Todas as Vozes” (1), formada por integrantes da Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT), União da Juventude Socialista (UJS, corrente juvenil do PCdoB) e independentes, por 1162 votos a 524. A apuração ocorreu de forma eletrônica, sendo divulgada na última quinta-feira (22).

De acordo com Yuri Amizadai, acadêmico de História e secretário de Movimento Estudantil na nova administração, o fato de ter havido duas chapas de esquerda na disputa trouxe um avanço na busca pelos direitos da comunidade acadêmica. “O objetivo de defender os interesses da classe trabalhadora e construir um DCE de maneira popular, diferente do que foi nas gestões de direita, e que não abaixe a cabeça para a reitoria, é importante para o campo da esquerda”, afirma.

O estudante avalia que a organização em torno das duas chapas é uma demonstração de que a gestão anterior não atendeu às demandas do corpo discente. “Ter duas chapas que, mesmo que diferentes em alguns conceitos, no geral defendem ideias de esquerda, é importantíssimo. Só demonstra como os estudantes precisam ser atendidos e ouvidos, diferentemente do que a direita faz e fez na faculdade. Ainda mais para uma grande universidade como é a UFMS”.

Sobre as expectativas da nova gestão, Yuri afirma que são as seguintes: “Reabrir e reconstruir um DCE combativo na universidade; defender os interesses dos estudantes realmente; trazer em pauta enquanto DCE, pautas que anteriormente eram trazidas somente pelos CAs (como o RU, por exemplo) e tentar fazer uma gestão transparente e em contato diário com as demandas dos estudantes, desde a capital até o interior”.

O DCE da UFMS não tinha eleições desde 2020, quando a chapa única “De todos para todos” foi eleita.

Norberto Liberator (Assess. de Comunicação)
Foto: Divulgação/Leonardo Vicente Mendes

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Educação Manifestações

Ato pela revogação do Novo Ensino Médio ocorre nesta quarta

Ocorre nesta quarta-feira (19 de abril) um ato pela revogação do Novo Ensino Médio, em Campo Grande. A manifestação é convocada pelo Comitê MS pela Revogação do Novo Ensino Médio, que inclui entidades sindicais, movimentos de defesa da educação e representantes estudantis.

O ato será realizado na Praça do Rádio, a partir das 16h30, e compõe uma mobilização nacional contra o sucateamento do ensino. A agenda do Comitê inclui ainda a Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, entre os dias 24 e 28 de abril. As atividades serão divulgadas.

O Comitê MS pela Revogação do Novo Ensino Médio foi inaugurado no dia 28 de março, na sede da ACP. Houve nova reunião no dia 5 de abril, de forma híbrida. Ambas tiveram presença do presidente da Adufms, professor Dr. Marco Aurélio Stefanes.

O Comitê é formado por entidades como a CNDCH (Campanha Nacional em Defesa das Ciências Humanas na Educação Básica), a CNDE (Campanha Nacional pelo Direito à Educação) e a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), com apoio da Adufms, do Feems (Fórum Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul) e do Observatório do Ensino Médio.

 

 

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Educação

Revoga Novo Ensino Médio: audiência pública ocorre nesta terça

Ocorre nesta terça-feira (11 de abril) a Audiência Pública Revoga Novo Ensino Médio, a partir das 14h, no Teatro Dom Bosco, em Campo Grande. O tema é “O Ensino Médio no centro dos debates por uma Educação Democrática”. O encontro é organizado pela Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) e pelo deputado estadual Pedro Kemp (PT).

Os palestrantes serão Heleno Araujo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), e Mônica Ribeiro da Silva, professora titular da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A mesa conta ainda com os anfitriões Jaime Teixeira, presidente da Fetems, e Pedro Kemp.

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Educação

Comitê pela Revogação do Novo Ensino Médio se encontra nesta quarta

Ocorre nesta quarta-feira (5 de abril) a primeira reunião do Comitê MS pela Revogação do Novo Ensino Médio após sua instalação, ocorrido no último dia 28. O encontro será híbrido, com possibilidade de participação à distância para quem se encontra no interior do estado.

O presidente da Adufms, professor Dr. Marco Aurélio Stefanes, estará presente representando a entidade. Stefanes também participou do evento de lançamento. O Comitê é formado por entidades como a CNDCH (Campanha Nacional em Defesa das Ciências Humanas na Educação Básica), a CNDE (Campanha Nacional pelo Direito à Educação) e a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), com apoio da Adufms, do Feems (Fórum Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul) e do Observatório do Ensino Médio.

Assim como no primeiro encontro, a reunião será realizada na sede da ACP, localizada na Sete de Setembro, n. 693, no Centro de Campo Grande. A previsão é que se inicie às 18h30 e termine por volta das 20h.

Novo Ensino Médio

A Reforma do Ensino Médio foi institucionalizada pela Medida Provisória MP 746/2016, pouco depois do início da gestão de Michel Temer (MDB-SP) na Presidência da República. A justificativa dada pelo governo foi de que o modelo então vigente seria “pouco atrativo”.

Iniciou-se, então, um processo de retirada da obrigatoriedade da maioria das disciplinas, com exceção de Português e Matemática. Adotou-se também a oferta de ensino técnico e profissionalizante e revogou-se a exigência de diplomas para professores, passando a haver a possibilidade de docência por “notório saber”.

Desde o início da implementação, pesquisadores e entidades de defesa da educação pública apontam que o Novo Ensino Médio é um retrocesso, que representa o aumento do abismo existente entre a qualidade de escolas públicas e instituições privadas de ensino básico.

Organizações ligadas ao lobby de grandes conglomerados de ensino, como o Instituto Ayrton Senna e o Todos Pela Educação, têm pressionado o governo federal pela consolidação do Novo Ensino Médio em todo o Brasil. No entanto, nesta segunda-feira (3 de abril), foi anunciada a suspensão do modelo.

Norberto Liberator (Assess. de Comunicação)

 

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Comitê pela Revogação do Novo Ensino Médio será instalado na próxima terça

Ocorre na próxima terça-feira (28 de março) a instalação do Comitê MS pela Revogação do Novo Ensino Médio. O evento será iniciado às 18h na sede da ACP (Sindicato Campo-Grandense de Profissionais da Educação Pública), localizada na Rua 7 de Setembro, número 693, a partir das 18h. Também haverá exibição online no canal da ACP no YouTube.

O Comitê é formado por entidades como a CNDCH (Campanha Nacional em Defesa das Ciências Humanas na Educação Básica), a CNDE (Campanha Nacional pelo Direito à Educação) e a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), com apoio da Adufms, do Feems (Fórum Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul) e do Observatório do Ensino Médio.

De acordo com a professora Dra. Maria Aparecida Lima dos Santos, vice-presidenta da Abeh (Associação Brasileira de Ensino de História), explica que há dois objetivos principais com a formação do Comitê. O primeiro deles é “organizar ações que levem informações sobre o Novo Ensino Médio à população de Mato Grosso do Sul, de forma a incrementar a participação social nesse debate”, afirma.

O segundo objetivo, de acordo com Maria, é “promover a socialização das experiências dos profissionais de educação no processo de implantação do NEM aqui em nosso estado, dando visibilidade a diferentes pontos de vista sobre o processo e incentivando o debate saudável e produtivo sobre o tema”.

A professora, que também integra a Campanha Nacional em Defesa das Ciências Humanas na Educação Básica (CNDCH), explica também que a reforma ignora as reais necessidade das escolas. “Do nosso ponto de vista, o Novo Ensino Médio, regulamentado e instituído pela Lei 13.415/17, não leva em consideração o quadro geral do Ensino Médio regular no país e vem sendo intensivamente divulgado como uma medida enérgica e eficaz para resolver problemas de qualidade da oferta desta etapa da educação”.

Maria aponta, ainda, que o Novo Ensino Médio aprofunda problemas já existentes, como a desigualdade entre instituições públicas e privadas. “Consideramos, no entanto, que em vez da pretensa ‘flexibilização’ da oferta, a referida reforma reduz a Educação Básica à preparação para um certo mercado de trabalho, restringe e abrevia a oferta, amplia as desigualdades educacionais e oferece base legal para privatização do ensino público”.

Mobilização Nacional

A formação de comitês estaduais pela revogação do Novo Ensino Médio é parte de um movimento nacional. Entidades têm se organizado em todo o Brasil, além da mobilização nas redes sociais, sobretudo com a hashtag #RevogaNEM. A instalação do Comitê Gaúcho, por exemplo, ocorreu nesta quarta-feira (23) na UFRGS. Em Alagoas, o lançamento foi na Ufal, na terça-feira (21). Em Goiás, o Comitê foi iniciado no dia 14 do mesmo mês.

A criação dos Comitês por todo o país foi inspirada pela instalação do primeiro deles no Paraná, no dia 10 de março, um dos estados que mais tem sofrido com os efeitos das reformas implantadas durante a gestão de Michel Temer e consolidadas por Jair Bolsonaro.

Maria Lima explica que o movimento também se articula para que o debate sobre a educação inclua as entidades e profissionais que possuem relação com o tema. “Por configurar-se por flagrante ataque ao direito à educação é que consideramos necessária a revogação do NEM, com suspensão imediata do calendário de implantação estabelecido pela Portaria 521/2021 do governo federal e o restabelecimento dos mecanismos que promovem a ampla participação social no debate e formulação de políticas para esse segmento”.

Apesar da mobilização pela revogação, a professora pontua que a intenção não é impedir que escolas sejam obrigadas a abandonar o modelo vigente. “O que é importante destacar desse movimento: não somos contra o trabalho das escolas. As escolas que consideram que conseguiram chegar a um modelo que atende as necessidades de seus alunos com a Reforma precisam ter sua autonomia garantida. É por isso que estamos lutando”, aponta.

“Garantir que cada escola possa, com sua equipe de professores e professoras e em diálogo com a comunidade, construir seu currículo. Esse é um preceito constitucional, assegurado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB lei n. 9394/96) e que diz respeito à gestão democrática”, explica Maria Aparecida.

Sobre as problemáticas do Novo Ensino Médio, a Adufms fez esta publicação explicando os motivos para se posicionar contra.

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Por que ser contra o “Novo” Ensino Médio?

 

 

 

 

 

 

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Adufms, Sindjor e curso de Jornalismo organizam bate-papo para o 8 de março

A Adufms, em parceria com o Sindjor-MS (Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul) e com o curso de Jornalismo da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), apresenta o painel “Das ruas às redes: um bate-papo com as mulheres do Jornalismo sobre os desafios da formação e profissão para o Dia Internacional da Mulher”.

O evento será no auditório do curso de Arquitetura, próximo à coordenação do Jornalismo, na UFMS, na quarta-feira, 8 de março, a partir das 18h30, e contará com a participação da jornalista gaúcha Vera Daisy Barcellos, pioneira na cobertura esportiva no Rio Grande do Sul e ex-presidenta do Sindjor-RS.

O evento integra a programação dos 40 anos do Sindjor/MS (Sindicato dos Jornalistas de MS), alusiva ao Dia Internacional da Mulher (8 de março).

Vera também é militante do Movimento Feminista de Mulheres Negras e faz parte da Rede Feminista de Saúde que, junto com a Fetems (Federação dos (das) Trabalhadores (as) em Educação de MS), apoia a programação especial do Sindjor-MS.

O painel também conta, ainda, com a parceria do curso de Jornalismo da UFMS e fará parte da recepção de calouros/as da universidade. Segundo a professora Katarini Miguel, a ideia é promover o encontro de gerações num momento importante para o fortalecimento do acesso à informação e do direito das mulheres em todas as áreas. “Vamos convidar todos que queiram participar do debate. A programação está sendo construída com muito respeito principalmente às profissionais que estão nas redações no dia a dia, com o intuito de envolvê-las e valorizar a profissão. A presença da Vera Daisy vai engrandecer esse momento”, diz Katarini Miguel.

O objetivo do Sindjor/MS é promover uma atividade que conscientize toda a rede de comunicação sobre a importância da visibilidade das mulheres e mulheres negras. Segundo a pesquisadora, jornalista e membra da gestão do sindicato, Tainá Jara, Mato Grosso do Sul atualmente conta com 1,2 mil profissionais jornalistas e, conforme o censo realizado em 2017, mais da metade deles se declara do gênero feminino.

Segundo a vice-presidenta da Adufms, professora Mariúza Guimarães, o painel será um marco importante na luta pela igualdade de gênero. “A Adufms se sente honrada em participar da organização desse evento junto com o Sindjor-MS. Foi na UFMS o primeiro curso de Jornalismo do estado e, com a presença da jornalista Vera Daisy, uma mulher que tem uma história na comunicação e também no movimento feminista, com certeza esse evento vai ser um marco fundamental para o nosso curso de Jornalismo e para a juventude que hoje busca a profissão”.

Pela associação também vai participar do painel a professora da UFMS na Faculdade de Educação, Tina Xavier. Ela pesquisa as áreas de gênero, sexualidade, violência contra crianças e direitos humanos. Desde o ano de 2010, Tina Xavier desenvolve projetos em escolas públicas municipais de Campo Grande e produz coletivamente filmes de animação com crianças da primeira etapa do Ensino Fundamental. É líder-coordenadora do GEPSEX (Grupo de Estudos e Pesquisas em Sexualidades, Educação e Gênero).

A construção de uma agenda especial para o 8 de março conta também com a participação das mulheres e apoiadores dos movimentos sociais. Para a presidenta da Fetems, Deumeires Morais, unir profissionais e acadêmicos dentro de um espaço educacional, como a UFMS, traduz o papel da Educação na construção de um país. “O 8 de março é momento para o nosso fortalecimento e como educadora é uma alegria podermos participar junto com as jornalistas desse momento”, diz Deumeires Morais.

Experiência e consciência social

Em tempos de redes sociais e informações rápidas, o compromisso com a qualidade do Jornalismo, a defesa do diploma e do piso salarial têm sido discussão nacional da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas). Garantir a valorização desde o início da carreira e unir acadêmicos e profissionais são pautas defendidas pelo Sindjor/MS. “Aproveitamos o desfile dos bloco carnavalesco As Depravadas, que há décadas reúnes os jornalistas do estado, para fazer o lançamento oficial das atividades de 40 anos do Sindjor-MS. Agora, no 8 de março, teremos o primeiro evento da nossa programação especial de aniversário, que está sendo construído pelas mulheres visando o enfrentamento ao machismo estrutural da nossa sociedade e, muitas vezes, na abordagem da imprensa. Mais novidades estão por vir ao longo de 2023”, antecipa o presidente do Sindjor-MS, Walter Gonçalves.

Vera Daisy Barcellos

Graduada pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), a jornalista Vera Daisy tem uma larga trajetória nas lutas feministas e antirracistas. Nasceu em 7 de outubro de 1948, em Porto Alegre (RS). Filha de uma empregada doméstica, foi criada junto da família dos patrões, numa casa chefiada por um general. A ideia seria que ela crescesse e, com o passar do tempo, tomasse o lugar de sua mãe como doméstica, na mesma família. Quando ela tinha oito anos, seu irmão adotivo Adyr Cancello Faria pressionou a família para que ela entrasse na escola e aprendesse pelo menos a ler e escrever. Foi assim que nasceu a jornalista.

Vera Daisy é atuante em defesa da categoria e atualmente é consultora na área de comunicação e colaboradora da ONG (Organização Não Governamental) Sempre Mulher – Instituto de Pesquisa e Intervenção Racial, de Porto Alegre. A jornalista também é militante da ONG Maria Mulher – Organização das Mulheres Negras, entidade pioneira na luta pela defesa dos direitos das mulheres pretas no Rio Grande do Sul.

Sua mais recente produção é o livro “Os Lanceiros Negros na Guerra dos Farrapos (1835-1845), uma publicação do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas, do Rio de Janeiro. É, ainda, coautora dos livros Negro em Preto e Branco – História Fotográfica da População Negra de Porto Alegre (Prêmio Açorianos/2005) e Colonos e Quilombolas – Memória fotográfica das colônias africanas de Porto Alegre (2010).

Em sua trajetória como jornalista, atuou em diferentes jornais de Porto Alegre e no interior gaúcho. Começou sua carreira no Jornal do Comércio, passou pelo Diário de Notícias e por 16 anos esteve no jornal Zero Hora, no qual foi pioneira, enquanto mulher negra, na cobertura esportiva, futebol de salão, hoje futsal, e carnavalesca.

Com o caderno especial “Erechim Mulher” conquistou o prêmio ARI de Reportagem de 1998, levando, pela primeira vez, este prêmio para um jornal do Interior – A Voz da Serra. Vera Daisy também foi fundadora e jornalista responsável da Revista Tição, um marco na imprensa alternativa gaúcha voltada para a questão étnico-racial na década de 1970.

Foi presidenta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, no triênio 2019-2022, ocasião em que foi a primeira mulher negra a alcançar a presidência em 80 anos da entidade. Atualmente integra o Conselho Fiscal do Sindjors e participa, como presidenta, da Comissão Nacional de Ética da Fenaj.

Vera Daisy é, também, uma das coordenadoras do Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiro do Sindjors e atua no Núcleo de Mulheres Jornalistas pela Igualdade de Gênero da mesma entidade sindical. Fez parte também do Conselho Deliberativo da Fundação Cultural Piratini Televisão Educativa – TVE/RS; Conselho Deliberativo da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), do Conselho Municipal de Políticas para o Povo Negro e do Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do RS – Codene.

Como militante do Movimento Feminista de Mulheres Negras, entre 2004 a 2006, foi assessora de imprensa de Maria Mulher-Organização de Mulheres Negras. De 2006 a 2011 foi assessora de imprensa da Rede Nacional Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos. Vera também foi consultora de comunicação da Campanha Internacional Ponto Final na Violência contra Mulheres e Meninas e do UNFPA – Fundo de População das Nações Unidas – ONU-Brasil.

Além da militância no movimento feminista das mulheres negras e atuação na imprensa gaúcha, Vera Daisy é carnavalesca, campo em que foi jurada dos desfiles das escolas de samba, e, atualmente, coordena o grupo de samba Puro Asthral que há cinco anos ocupa a escadaria do Viaduto Otávio Rocha, mais conhecido como “Escadaria da Borges”. O evento está consagrado no centro de Porto Alegre e atrai além da população gaúcha, turistas de todo País e do exterior.

Texto: Jacqueline Bezerra Lopes, vice-presidenta do Sindjor/MS (com alterações)

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Educação Manifestações

Ato contra bloqueio na educação ocorre nesta quinta em Campo Grande

A Adufms estará presente, junto a outras entidades ligadas à defesa da educação, no Ato em Defesa da Educação nesta quinta-feira (8 de dezembro), a partir das 9h, na Praça Ary Coelho. A mobilização se insere no contexto nacional de luta contra o bloqueio de R$ 344 milhões realizado pelo governo de Jair Bolsonaro no orçamento das universidades e institutos federais.

Com o corte realizado, as instituições correm risco de não funcionar, devido à falta de verba para luz, água, segurança, limpeza e outros serviços básicos, além de não haver dinheiro para manter as bolsas para pesquisa, permanência e moradia de estudantes. O impacto será de cerca de 4 mil estudantes prejudicados/as, sem garantia de recursos para continuar seus estudos, moradia e alimentação.

O valor bloqueado representa mais um ataque da gestão de Bolsonaro à educação. Um corte de R$ 438 milhões já havia sido realizado na metade do ano. De acordo com Ricardo Marcelo Fonseca, reitor da UFPR e presidente da Associação Nacional de Dirigentes de Instituição de Ensino Superior (Andifes), “é uma situação absolutamente inédita, e nos deixa sem recursos e sem possibilidade de honrar os gastos das universidades, inclusive bolsas, conta de luz e água, coleta de lixo, e nossos terceirizados”.

O sucateamento da educação, aliado à política de “terra arrasada” que se prepara para o futuro governo Lula, é justificado com argumentos de que seriam necessários “contingenciamentos” para “não furar o teto de gastos”. No entanto, contraditoriamente, o mesmo governo liberou em setembro R$ 3,5 bilhões para o chamado “orçamento secreto”, ou seja, conjunto de verbas repassadas a parlamentares sem necessidade de explicação sobre a destinação do dinheiro. Durante o período eleitoral, foram mais de R$ 9 milhões gastos no cartão corporativo.

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Educação Eleições Pesquisa

Referência em divulgação científica, ‘Nature’ declara apoio a Lula em editorial

A revista estadunidense Nature, uma das mais relevantes do mundo em relação a publicações científicas, lançou nesta terça-feira (25 de outubro) um editorial intitulado “Há apenas uma escolha no Brasil – para o país e o mundo”. No texto, o veículo declara seu apoio à candidatura de Lula para a Presidência do Brasil.

“Quando o Brasil elegeu Jair Bolsonaro como seu presidente há quatro anos, este jornal estava entre os que temiam o pior”, inicia a publicação, que segue classificando Bolsonaro como “populista” e afirmando que sua gestão é “desastrosa para a ciência, o meio ambiente, o povo do Brasil – e do mundo”.

A revista destaca a postura do presidente brasileiro frente à pandemia de Covid-19, citando as mais de 685 mil mortes, das quais mais da metade poderiam ter sido evitadas, além de compará-lo a Donald Trump. A Nature também afirma que “o Partido dos Trabalhadores fez grandes investimentos em ciência e inovação, fortes proteções ambientais estavam em vigor e oportunidades educacionais foram ampliadas”, além de classificar o Bolsa Família como “um sistema maciço de transferência de dinheiro para os pobres”.

A política ambiental dos governos petistas também foi elogiada. “O Brasil exibiu sua reputação de líder ambiental aumentando a aplicação da lei ambiental e reduzindo o desmatamento na Amazônia em cerca de 80% entre 2004 e 2012”, pontua a publicação, referência mundial em dados do tipo.

“Os eleitores do Brasil têm uma oportunidade valiosa para começar a reconstruir o que Bolsonaro derrubou. Se Bolsonaro pegar mais quatro anos, o dano pode ser irreparável”, finaliza a Nature. O editorial na íntegra, em inglês, pode ser conferido aqui.

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Educação Manifestações

Mesmo com chuva, ato pela educação reúne mais de 100 estudantes na UFMS

Mais de 100 estudantes participaram, nesta terça-feira (18 de outubro), do ato contra a política de cortes na educação executada pelo governo de Jair Bolsonaro. A manifestação ocorreu na UFMS e foi convocada pela UNE (União Nacional dos Estudantes) e pelos Centros Acadêmicos Organizados da UFMS.

Ingryd Trigilio, estudante de Ciências Sociais e vice-presidente da UNE, afirma que, apesar da chuva – que impediu um número maior de participantes –, a adesão foi satisfatória. “Acho que o movimento estudantil é muito forte, mas tem dificuldade de mobilização. A partir do momento em que você movimenta trabalhos dentro da universidade, acaba agregando mais estudantes. Porque quanto maior, mais tem força para mostrar que o movimento estudantil está vivo e potente, latente”, explica a acadêmica.

Em Corumbá e Três Lagoas, houve plenárias para tratar de mobilizações a respeito dos cortes. No caso de Corumbá, foi realizada uma aula pública sobre os confiscos e a PEC 32, que, se aprovada, reduz direitos dos servidores federais e abre espaço para substituição dos concursos públicos por indicações políticas.

Política de cortes

O governo Bolsonaro havia anunciado, no dia 5 de outubro, o confisco de R$ 2,4 bilhões do MEC, sendo R$ 328,5 milhões das universidades e R$ 147 milhões dos institutos federais. Diante da repercussão negativa, o Ministério recuou e anunciou o desbloqueio. Mesmo com o recuo, as mobilizações continuam, já que durante toda sua administração, Bolsonaro praticou uma política de cortes e desincentivos à educação federal. Já em seu primeiro ano de gestão, em 2019, cortou R$ 926 milhões da área. Em 2021, reduziu em quase R$ 5 bilhões o orçamento do Ministério e vetou mais R$ 2,2 bilhões.

Os valores retirados das instituições somariam mais de R$ 763 milhões somente no ano de 2022. O impacto faria com que as instituições não tivessem condições de pagar suas contas de água, luz, despesas com pessoal, serviços de segurança, limpeza e assistência estudantil. Jair Bolsonaro chamou a medida de “contingenciamento”, no entanto, na prática, o que ocorreu foi um congelamento de recursos.