No MP e MPF, Adufms integra atos contra agressões a jornalistas

Nesta terça-feira (8 de novembro), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul (Sindjor-MS) protocolou uma representação junto ao Ministério Público Estadual (MP-MS) e ao Ministério Público Federal (MPF), contra as agressões à imprensa realizadas durante os atos antidemocráticos realizados por bolsonaristas. A entrega foi realizada com a participação de representantes de entidades signatárias do documento, entre elas a Adufms.

Na representação, as entidades pedem aos órgãos para que tomem medidas para desbloquear as vias obstruídas por bolsonaristas que não aceitam o resultado das eleições e pedem por intervenção militar. Em todo o estado de Mato Grosso do Sul, chegaram a haver 11 rodovias bloqueadas. Manifestantes de extrema-direita continuam acampados em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), em Campo Grande. Na segunda-feira (7), houve agressões contra jornalistas do SBT MS, TV Guanandi (afiliada à Band), Campo Grande News e Top Mídia News.

“Eles não aceitam que perderam, não aceitam a democracia, não respeitam a Constituição”, afirma o presidente do Sindjor, Walter Gonçalves. “Quando o Haddad perdeu as eleições em 2018, ele reconheceu o resultado, desejou boa sorte ao governo eleito, ninguém contestou as urnas nem ficou ofendendo o STF, o TSE ou a imprensa”, aponta o jornalista, que coordenou os atos por justiça e por respeito à Constituição brasileira realizados na terça.

O ministro Alexandre de Moraes, que é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deu um prazo de 48 horas, a contar do dia 7 de outubro, para que ocorresse a liberação de “toda e qualquer via pública obstruída, locais que apresentem imposição de dificuldade à passagem, inclusive canteiros, calçadas, etc”. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) emitiu nota nesta terça (8), na qual se compromete a cumprir a decisão.

Moradores dos arredores do CMO organizam um ato nesta quinta-feira (10) em frente à Câmara dos Vereadores, para pressionar os parlamentares a tomar medidas para impedir a continuidade dos atos antidemocráticos. Os habitantes reclamam do alto volume, da dificuldade para dormir e da impossibilidade de realizar tarefas cotidianas como idas ao trabalho, aulas e compras, devido ao bloqueio das pistas.

O vereador Professor André Luís (Rede) protocolou um pedido de cassação do também vereador Sandro Benites (Patriota), por ter defendido um golpe militar durante sua participação em um dos atos bolsonaristas, além de propagar fake news ao acusar falsamente o presidente eleito Lula de ser “narcotraficante”. André se baseia nos incisos II e VII do Art. 28 da Lei Orgânica do Município, além dos incisos 6, 7 e 8 do Art. 7º da Lei Federal de Responsabilidade nº 1.079/50, que dispõem sobre incitação à desobediência militar e a subversão armada contra a ordem social.

 

Norberto Liberator (Assessoria de Comunicação)