
Na tarde da última quinta-feira (10 de julho), dezenas de pessoas se reuniram na entrada da Praça Ary Coelho, em Campo Grande (MS), para participar do ato público convocado pela Adufms e organizado pelo Comitê em Defesa da Democracia e Contra o Golpe. Com o lema “Chega de privilégios”, a mobilização contou com a presença de representantes de partidos políticos, movimentos sociais e centrais sindicais, que reforçaram pautas em defesa da justiça social e do fortalecimento dos direitos dos trabalhadores.

Entre as principais reivindicações estiveram o fim da escala de trabalho 6×1, a taxação dos super-ricos e a redução do Imposto de Renda para os trabalhadores. O recém-eleito presidente municipal do PT, deputado Pedro Kemp, participou do ato e se pronunciou em defesa da taxação dos mais ricos, destacando a importância da mobilização social para enfrentar as desigualdades e ampliar os direitos da população.
Outra questão amplamente abordada pelos manifestantes presentes foi a decisão recente do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre os produtos de exportação brasileiros. A medida gerou indignação entre os presentes, sendo considerada um ataque direto à soberania econômica do país. Muitos discursos relacionaram essa decisão ao aprofundamento das desigualdades e à cumplicidade de setores empresariais brasileiros com interesses estrangeiros.
Representando a Adufms, o vice-presidente Marco Aurélio Stefanes também se pronunciou, criticando os privilégios concedidos aos grandes empresários e denunciando a aliança entre elites nacionais e líderes autoritários internacionais. “Os grandes empresários se beneficiam com mais de 600 bilhões de reais vindos da população e eles querem que nós continuemos pagando, com o suor de nossos rostos, todas as mazelas que eles praticam. Agora, além disso, também se aliam com o fascista estrangeiro para vilipendiar e destruir a nossa democracia”, declarou.

O ato foi encerrado com palavras de união e convocação para futuras mobilizações. Cartazes, faixas e palavras de ordem marcaram a manifestação que reforçou o compromisso coletivo com uma sociedade mais justa e igualitária.