Cerca de 180 pessoas estiveram presentes, na manhã desta quinta-feira (8 de dezembro), no Ato em Defesa da Educação, em Campo Grande. Os manifestantes se concentraram na Praça Ary Coelho, no Centro, a partir das 9h, para protestar contra o bloqueio realizado pelo governo de Jair Bolsonaro, que impede o pagamento de bolsas de estudo, pesquisa, programas de residência médica e o funcionamento das universidades.
O ato foi convocado por centros acadêmicos de estudantes da UFMS, DCE, UNE, juventudes partidárias e entidades ligadas à educação. A Adufms apoiou com a confecção de panfletos. Houve carro de som e batuque, a cargo da União da Juventude Comunista (UJC).
O acadêmico Gabriel Recalde, presidente do Centro Acadêmico de Psicologia, ressalta a importância de atos contra a medida. “Com esse bloqueio, sem essa verba, os estudantes não conseguem se manter na universidade. Os cortes impedem que consigam pagar aluguéis, comer, dar continuidade para as pesquisas e os serviços prestados à comunidade externa”.
O presidente da Adufms, Marco Aurélio Stefanes, também esteve presente e fez uma fala sobre a importância das bolsas para a pesquisa científica no Brasil. A enfermeira Cléo Gomes explicou a importância das bolsas para o funcionamento do Hospital Universitário (HU). “Estagiários da UFMS, dentro do HU, não conseguem se manter sem o auxílio das bolsas e isso afeta de forma direta o HU – e a comunidade externa”.
Agressão
Houve relato de agressão física contra uma manifestante, que foi atingida por um ovo, atirado por um apoiador de Bolsonaro que atacava verbalmente o ato. Em outros momentos, motoristas de carros e pilotos de motos chegaram a furar o bloqueio realizado pela Guarda Municipal e passaram próximos aos manifestantes a fim de intimidação, atividade conhecida popularmente como “tirar fina”.
Mobilizações
Ainda na mesma quinta, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) Ricardo Marcelo postou vídeo em que afirma que o MEC deve liberar as verbas para assistência estudantil. No entanto, Recalde afirma que os atos devem continuar. “A organização está articulando novas ações”. Cléo Gomes aponta que não é possível contar com o recuo. “Mesmo assim, é importante nos mantermos mobilizados. Estão ganhando tempo. Podem bloquear semana que vem de novo”.
Matéria: Norberto Liberator (Ascom – Adufms)
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