19 de abril: celebrar os povos indígenas e reforçar a luta

No Dia Nacional dos Povos Indígenas, a Adufms celebra e se solidariza com a luta dos povos originários do Brasil, sobretudo de Mato Grosso do Sul. O estado é uma das unidades da Federação com maiores índices de violência contra essas populações.

De acordo com o último relatório anual publicado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), órgão católico dedicado à defesa dos povos tradicionais, Mato Grosso do Sul foi a segunda UF com maior número de assassinatos – a maioria sob encomenda – de lideranças indígenas em todo o Brasil em 2022, com 38 homicídios, atrás apenas de Roraima, com 41.

Já o levantamento do Instituto Socioambiental (ISA) realizado em 2021, aponta que Mato Grosso do Sul tem a segunda maior concentração fundiária do Brasil, atrás apenas da Bahia. 92% da área do estado são privados e apenas 2,5% são demarcados como Terras Indígenas, sendo que se trata da segunda UF com maior população indígena no país (atrás do Amazonas).

Além da falta de demarcação de suas terras e dos assassinatos, os povos indígenas também sofrem com diversos outros problemas, como falta de saneamento básico, falta de incentivo ao plantio, fome, preconceito e, no caso de etnias do Norte do Brasil como os yanomami, também com o garimpo, extrativismo e mineração, incentivados pela gestão genocida de Jair Bolsonaro.

A Adufms reitera seu compromisso com a luta pela demarcação de terras indígenas e contra a tese do Marco Temporal, julgada como inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que representaria um retrocesso sem precedentes desde a promulgação da Constituição Federal de 1988.


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