Sindicalistas advertem deputados e senadores de MS: Quem votar não volta



Tero Queiroz – MS Notícias

“Vamos pegar pesado contra quem votar contra o povo”






Foto reproduzida de MS Notícias (<http://m.msnoticias.com.br/editorias/politica-mato-grosso-sul/sindicalistas-advertem-deputados-e-senadores-do-ms-quem-votar-nao/77344/>)

Deputados federais e senadores de Mato Grosso do Sul que votarem pela reforma da Previdência vão sofrer as consequências desse ato nas urnas nas eleições deste ano. E para garantir que o povo não se esquecerá (do rosto) de nenhum deles, o movimento sindical do Estado vai promover uma verdadeira “anticampanha eleitoral” para que todos aqueles que votaram contra os interesses da população, sejam lembrados durante a campanha eleitoral. A advertência é da direção do Sista-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e dos Institutos Federais de Ensino, no Estado de Mato Grosso do Sul).

“Além de inúmeros estudos que comprovam que a Previdência Social não é deficitária no Brasil, elaborados por pessoas e entidades gabaritadas para isso, temos também o mais recente trabalho da CPI da Previdência, comandada pelo senador Paulo Paim (PT-RS) que comprova isso, ou seja, que os recursos arrecadados seriam sim suficientes para cobrir todas as despesas da Previdência e até sobraria, se não fossem desvios e corrupção, sem contar com sonegação e outras mazelas registradas e comprovadas”, afirma Cleodete Cândida Gomes, da Coordenação Geral do Sista-MS.

Waldevino Basílio, também da coordenação do sindicato garante: “Vamos pegar pesado contra quem votar contra o povo. Quem votar, não volta no ano que vem para a Câmara Federal ou Senado, pois faremos um trabalho intenso, junto com sindicatos, federações e outras organizações sindicais, para impedir a reeleição do parlamentar que trair o povo”, afirma.

O resultado dos trabalhos da CPI da Previdência, instalada no Congresso Nacional, apontou que anualmente são mais de R$ 30 bilhões desviados da Previdência, pelo Governo, para outros fins alheios ao que deveria ser o único objetivo: atender aos aposentados.

O senador Paulo Paim informa que foi elaborada uma cartilha popular sobre o resultado dessa CPI e que contém todos os dados apurados durante seis meses de trabalho, com uma investigação séria e juntada de documentos diversos.

A coordenadora Cleodete Cândida explica que a cartilha traz também a informação de que em dez anos o governo federal retirou da seguridade social mais de um trilhão e meio de reais para a DRU (Desvinculação das Receitas da União). “Como podem saquear dessa forma o dinheiro da Previdência, que de fato não é deficitária? Não podemos permitir que o povo trabalhador brasileiro pague a conta desses gigantescos desvios. Vamos reagir e dizer aos nossos parlamentares que não aceitamos essa reforma e que quem votar a favor dela, não voltará ao Legislativo no próximo ano”, afirmou.

O Sista-MS rebate algumas mentiras que o governo tem pregado por todo o país, por exemplo, a informação de que sem a reforma o país vai quebrar. Na verdade, segundo o sindicato, o Ministério da Fazenda revelou que o Regime Geral de Previdência Social deixou de arrecadar R$ 57,7 bilhões com isenções e renúncias fiscais no ano passado. Em 10 anos essas renúncias superarão a economia pretendida com a reforma no mesmo período.

Além disso, segundo o sindicato, o governo esconde que deixa de cobrar R$ 427,73 bilhões dos grandes devedores da Previdência e que distribui benefícios tributários para grupos econômicos privilegiados. “Isso é inconcebível e não é divulgado no país e muito menos debatido e/ou contestado por nossos parlamentares”, ressalta Basílio.

Além dessas, existem inúmeras outras “mentiras” usadas pelo governo para ludibriar o povo, alerta o Sista-MS, que pede à população e especialmente aos servidores públicos, para que procurem se informar dessas inverdades e que somem forças com o movimento sindical de sua cidade, seu Estado e do país, para que essa nessa luta o trabalhador brasileiro não seja vencido por uma minoria que está no poder e que luta para manter regalias e privilégios de uma seleta parcela da população.