Mesmo com chuva, estudantes fazem ato contra sucateamento da educação na UFMS

A forte chuva não atrapalhou a organização do ato pela educação na UFMS nesta quinta-feira (9). Apesar do número de participantes abaixo do esperado, cerca de 100 manifestantes estiveram no local, onde exibiram faixas e cartazes, distribuíram panfletos e entoaram palavras de ordem. A mobilização foi contra o corte de mais de 1 bilhão de reais realizado por Bolsonaro na educação federal, além dos projetos de lei que propõem homeschooling e cobrança de mensalidades em universidades públicas.

Representante da União Nacional dos Estudantes (Une) e acadêmica de Ciências Sociais, Ingryd Trigilio explica que a expectativa era que houvesse de 500 a 600 manifestantes, como ocorreu no ato contra o aumento de até 233,3% no valor do Restaurante Universitário. “Atrapalhou demais. Foi complicado, começou a chover bem na hora da concentração”. A estudante foi uma das organizadoras da manifestação em Campo Grande.

O ato fez parte de uma mobilização nacional convocada por entidades como a Une, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico (Fenet). Na UFMS, a organização também conta com os centros acadêmicos de alguns cursos, como os de História e de Jornalismo, além de ter o apoio da Adufms e do Sinasefe.

A UFMS sofreu um bloqueio de cerca de 13 milhões de reais no orçamento, como consequência do corte de mais de 1 bilhão de reais na educação federal, realizado pelo governo de Jair Bolsonaro no dia 27 de maio. Vale lembrar que, embora justifique “falta de verbas”, o governo destinou 699 milhões a parlamentares de seu próprio partido (PL) pelo chamado orçamento secreto, ou seja, verbas liberadas sem justificativa de finalidade e que, na prática, funcionam como mecanismo para troca de favores.